A vigésima edição da Feira do Livro de Joinville reúne diversas atrações no Expocentro Edmundo Doubrawa. Algumas editoras e livrarias do Rio Grande do Sul (RS) aproveitaram a oportunidade para comercializar seus produtos, já que as vendas foram interrompidas por conta da situação climática vivida no estado.
Continua depois da publicidade
Pedro Paulo Graczcki, da editora gaúcha Coralina, participa da feira em Joinville desde o ano passado. Para o produtor, estar nesta edição é um grito de esperança.
— A gente vem na esperança de que consiga vender, de que consiga cobrir os custos. São custos extremamente altos, tanto de espaço, quanto de hospedagem, a própria viagem. Mas também mostra essa capacidade de seguir em frente mesmo quando as coisas estão muito difíceis. Até porque parar não é uma opção — diz Graczcki.
Conforme Juan Schenkel, do Sebo Café Riachuelo, a Feira de Joinville foi uma luz encontrada para sair daquela situação. Juan tem duas lojas físicas no RS e uma delas foi atingida pelas enchentes no estado.
— Eu faço bastante feira, mas nunca tinha saído do estado do Rio Grande do Sul. Com toda a situação, a nossa renda lá zerou, então a gente tinha que achar uma luz e essa foi uma das que a gente achou, uma das alternativas de vir aqui e fazer um trabalho honesto — conta Schenkel.
Continua depois da publicidade
A Feira de Joinville é a segunda maior do sul do Brasil, ficando atrás apenas para a Feira do Livro de Porto Alegre (RS). De acordo com Graczcki, a feira nunca teve uma interrupção e não vai ser dessa vez que vai ser suspensa.
— Eu faço parte da diretoria da Câmara Rio Grandense como secretário. É uma das feiras mais antigas do mundo. Vai ser o momento da cidade recompor o seu acervo. Historicamente ela é uma das mais antigas. Ela não pode e não vai parar — afirma Graczcki.
Nesta edição, um espaço está sendo destinado para arrecadar livros para o estado gaúcho.
Como foi o sétimo dia da Feira do Livro
Na quarta-feira (12), diferentes artistas se apresentaram durante a programação da Feira do Livro de Joinville. No Teatro Juarez Machado, Kalunga Neves foi responsável por entreter o público infantil. Em sua terceira participação na Feira, o artista falou sobre seu show e seu processo criativo.
— Eu sempre gostei muito de brincar. Brincava com minhas filhas e também com as amigas delas. Só de escritor vão fazer 40 anos que estou trabalhando. O que me motiva é a participação das crianças. Acho que não tem cansaço, não tem idade que tu não corresponda a esse carinho e queira retribuir — conta o escritor.
Continua depois da publicidade
O apresentador do Jornal do Almoço, Rafael Custódio, também palestrou no evento, que contou ainda com uma mostra de cinema a tarde. Para quinta-feira (13), a programação está voltada para a participação da Univille, com bate papo sobre inteligência artificial e mulheres na área de tecnologia.
Veja fotos da Feira do Livro:
Leia também
Ação de alunos voluntários ajuda a preservar tartarugas no Litoral Norte de SC
Ana Maria Machado fala sobre mercado editorial e inspirações durante Feira do Livro de Joinville
Aeroporto internacional próximo de Joinville anuncia voo para novo destino na América Latina