A sexta edição da Feira do Livro de Joinville começa nesta quarta-feira de olho em dois perfis de visitantes: os devoradores de página, ávidos pelas palestras e debates com os convidados ilustres, e aqueles sem muito contato com o texto.
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Na terça, foi o dia de ajeitar os últimos estandes, na praça Nereu Ramos, por onde devem circular aproximadamente 50 mil pessoas até o próximo dia 9. O público leitor tem como atrações a presença do vencedor do Prêmio Jabuti 2008, o catarinense Cristovão Tezza, do aclamado romance autobiográfico “O Filho Eterno”, e do ícone da literatura infanto juvenil Pedro Bandeira.
Completam as atrações principais o biógrafo Lira Neto, escritor de “Maysa: Só numa Multidão de Amores”, o roteirista Júlio Emílio Braz e autores de Joinville e região. Para quem cruzar com a Feira do Livro ao acaso, o chamariz está no preço.
– Temos uma condição contratual com os expositores. Deve haver um desconto de até 20% nos volumes, para cada visitante ter a oportunidade de comprar pelo menos um exemplar – explica a organizadora do evento, Sueli Brandão.
Em 2008, foram mais de 20 mil títulos vendidos para um público de aproximadamente 40 mil pessoas, média de um livro para cada dois visitantes. Até por isso, a essência da Feira do Livro é mais popular, diferentemente de outros eventos literários do País.
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– Nosso público alvo é a comunidade como um todo. Queremos aproximar os livros das pessoas que, por uma razão ou outra, nunca entram nas livrarias – diz Sueli.
Para incentivar esses novos leitores, há livros vendidos por até R$ 1. Alunos de escolas públicas, por exemplo, recebem um vale livro nesse valor e podem trocá-lo por contos infantis e clássicos da literatura brasileira.
– São livros com encadernação mais simples, mas de qualidade. Tem bastante opção nessa faixa de preço – salienta.
O projeto foi criado em parceria com o Instituto Cau Hansen, que reembolsa os expositores. Segundo Sueli, cerca de 90% dos estandes desse ano são parceiros desde a primeira edição da Feira. É o caso da Top Livros, de Curitiba, voltado à ponta de estoque: o valor máximo dos exemplares vendidos pela empresa é R$ 10.
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– Em 2008, vendi uma quantidade muito acima do normal para o período de pouco mais de uma semana – avalia o gerente Marcelo Gonzaga.
– Como geralmente levamos os livros que temos em excesso nas lojas, é um ótimo negócio para nós e ajuda a divulgar a cultura – aponta.
Além da programação oficial, a feira promove contação de histórias, mostra de curtas do Sesc, mesas redondas, espaço do vestibulando, teatro, poesia e conversas sobre dramaturgia.
# Além de ser apoiador da Feira do Livro, o projeto AN Escola estará com um estande no evento.