Quem aprecia o saudoso som do vinil poderá renovar a sua coleção neste sábado. É que o Blackbird Bar, de Jaraguá do Sul, realizará pelo segundo ano consecutivo a Feira de Vinil. O evento ocorre nas instalações do próprio bar, das 16 às 23 horas, e a entrada é gratuita. A feira nasceu de uma conversa entre os proprietários do Blackbird e os seus clientes. A primeira edição foi organizada às pressas e contou com cerca de dez expositores. Neste ano, com tempo extra para a preparação, a feira promete trazer mais opções e surpresas.
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Cerca de 20 expositores já confirmaram presença e vêm de diversos lugares, entre os quais São Paulo, Paraná e cidades do interior de Santa Catarina. Toca-discos e outros acessórios relacionados também farão parte da feira.
Um dos proprietários do bar, Kélson Marcelo, ressalta que a feira é aberta ao público e quem quiser pode levar seus discos antigos para trocar ou vender no local. O evento, porém, não é exclusivo àqueles que desejam comprar ou vender os chamados Long Plays (LPs). Os DJs Léo e Chacha farão a discotecagem com vinil e o bar funcionará normalmente. A ideia é oferecer um momento de interação em uma festa vespertina, reunindo colecionadores e apreciadores dos discos.
Charme ritualístico
Criado em 1948, o vinil sumiu das prateleiras na década de 1990, com a chegada do CD. Em 1998, a produção de discos foi encerrada no Brasil. A partir de 2007, a venda de vinis voltou a ganhar notoriedade, movimentando mercados. Após um hiato de uma década, o Brasil voltou a abrigar uma fábrica de vinis, única na América Latina. Mas o que leva essa antiga tecnologia a voltar à tona?
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Para Kélson, o vinil possui charme. O saudosismo criado pela lacuna na produção de novos discos une-se a um clima especial em torno da peça. Em contraste com a facilidade de fazer downloads de MP3, conseguir um vinil de uma banda específica pode ser uma pequena batalha e finalmente ter a “bolacha” em mãos é uma vitória.
Jaraguaense venderá coleção
Se muitos têm por suas coleções um chamego especial, outros dedicam-se justamente a espalhar as peças adquiridas por meio da compra e venda. O jaraguaense Alexandre Schmidt é um deles.
Há um ano ele começou a reunir seu acervo, que conta com cerca de 250 LPs. Os discos, porém, não são apenas para sua posse.
– Tenho como hobby a compra e venda de vinis, pela internet, de classificados e sebos. É desapego total – afirma.
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No sábado, ele levará seus discos ao Blackbird Bar e todos estarão à venda. Os preços são estabelecidos de acordo com a conservação da capa e do disco, o valor de mercado e a procura pela peça, podendo variar de R$ 5 a R$ 250. Como outros colecionadores, Alexandre também vende os discos pela internet.