A 16ª Feira Comercial e Industrial de Maravilha (Fecimar), que seria realizada de 4 a 7 de setembro, foi cancelada após reunião da comissão central organizadora com entidades do município, na manhã desta segunda-feira.

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De acordo com o presidente da Comissão Central Organizadora e vice-prefeito de Maravilha, Sandro Donati, a Prefeitura já tinha a inteção de não realizar o evento, em virtude dos estragos causados pelas chuvas no Oeste do Estado, ocorridas na semana passada.

Alguns dos expositores também haviam adiantado que não participariam, pois foram prejudicados pela enxurrada. O município chegou a decretar Estado de Calamidade Pública.

Entidades e clubes de serviço que participam da organização da feira também foram unânimes em aprovar o cancelamento. A Fecimar estava bem encaminhada, com 174 estandes, previsão de 30 mil visitantes e R$ 3 milhões em negócios. Mas teria que haver o aporte de cerca de R$ 300 mil em recursos do município, estado e governo federal, para viabilizar o evento.

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– Optamos por usar esses recursos na recuperação e concentrar esforços nisso – disse Donati.

Ele informou que o município está trabalhando na limpeza e auxílio aos moradores atingidos. Sete famílias permanecem desalojadas pois três casas foram destruídas e quatro interditadas.

O parque Tomatão, onde seria realizada a Fecimar, concentra as doações para o município. Já há quantidade de roupas suficiente, mas faltam ainda móveis, colchões, geladeira e pia.

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Muitas famílias ficaram sem os móveis em virtude da enxurrada. O telefone de contato para doações é 49-3664-0044.

No sábado o Governador Raimundo Colombo esteve no Oeste, onde prometeu levantar recursos para a construção de pelo menos 50 pontes e pontilhões.

Outra providência prometida pelo governo do estado é ajudar economicamente os municípios em situação de calamidade pública.

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Levantamento

A Defesa Civil do Estado continua o trabalho de reabilitação dos municípios atingidos pelas chuvas. Segundo o secretário adjunto Rodrigo Moratelli, os sistemas de abastecimento de água e energia elétrica já foram restabelecidos e o próximo passo é assegurar a finalização do preenchimento do Formulário de Identificação de Desastres (Fide).

O prazo é de 10 dias para os municípios informarem todos os danos registrados. O Fide define os reais danos causados e os prejuízos econômicos. O documento serve para amparar a Defesa Civil a homologar ou não os Decretos de Situação de Emergência, emitidos pelas prefeituras ou Estado de Calamidade Pública.

A expectativa é que os Fides comecem a ser avaliados a partir da próxima semana. Segundo a Defesa Civil, são 52 cidades atingidas, 18 informaram Situação de Emergência, três Estado de Calamidade Pública e duas pessoas morreram, uma em São Joaquim e outra, em Coronel Freitas.

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