Quando o médico Marcio da Rocha, de 38 anos, consegue dedicar um tempo apenas para ouvir música, a escolha é uma só, vinil. Em casa, tem 500 discos e, recentemente, comprou um aparelho de som novo para continuar cultivando o ritual dos amantes do velho bolachão.

Continua depois da publicidade

– Gosto de limpar o disco, colocá-lo no prato e guardá-lo depois. Isto me traz uma certa nostalgia – conta, ressaltando também a qualidade do som que o vinil oferece.

Saiba mais sobre os eventos de Joinville e região no Guia + AN

É por isso que Marcio não perdeu a chance de visitar a feira de vinil, realizada neste sábado, na Rua XV de Novembro, Centro, ao lado do Cemitério dos Imigrantes. Na garimpagem, não voltou para casa de mãos vazias. Mas a busca foi cuidadosa.

– Procuro exemplares de boa qualidade, pois gosto de ouvir a música, e não colocionar vinil – afirma.

Continua depois da publicidade

Realizada nas instalações que no passado abrigou uma antiga fábrica de radiolas, a feira apresentou cerca de mil discos de vinil, com músicas desde a década de 1950, explica o organizador, Alessandro Sanches. Ele explica que o perfil dominante do público é aquele que consegue identificar no vinil uma qualidade sonora superior, e não abre mão disso.

– Ainda existe mercado para o vinil e isto não vai acabar – diz Alessandro.