Prato indispensável na mesa dos brasileiros, o feijão ficou 41,33% mais caro neste mês em relação a julho. O reajuste já refletiu na rotina da zeladora Juraci Freitas, 50 anos. Na terça-feira, ela fez compras num supermercado e deixou para trás o alimento presente nos almoços da família ao ver que o quilo mais barato custava R$ 4, 59. Há dois meses, quando comprou feijão pela última vez, Juraci pagou R$ 2,70 pelo pacote.
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– Tenho feijão em casa e para este mês não vai faltar. Mas se estivesse mais barato, aproveitaria para levar – comenta a zeladora.
A reação de Juraci reflete o resultado de uma pesquisa feita pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Jaraguá do Sul, que constatou que o feijão foi o produto que ficou mais caro entre os itens da cesta básica. A pesquisa foi realizada em oito supermercados da cidade e divulgada na semana passada, quando o produto mais barato custava R$ 3,18. No mês passado, o preço mais baixo era de R$ 2,25.
A vendedora Jaine de Jesus, 19 anos, não comprava feijão há mais de um mês. Ao passar pela gôndola, foi pega de surpresa com o aumento.
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– Não achei que tinha subido tanto. Achei que estava no máximo R$ 3 o quilo – comenta.
Se o item que compõe um dos pratos preferidos dos brasileiros disparou no último mês, com o tomate aconteceu o contrário. Enquanto em julho o quilo da fruta podia ser encontrado por R$ 1,69, neste mês o quilo mais barato foi cotado a R$ 1,59.
Segundo a Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina, a safra ruim do feijão em Santa Catarina em virtude de fatores climáticos e o período da entressafra, entre março e agosto, reduziram a oferta do produto no mercado e reajustaram os preços. Já a queda no valor do tomate é justificada pelo aumento da oferta devido à boa produção e a regulação do preço, que disparou no começo do ano.
– Comerciantes disseram que o preço do tomate despencou mais de 80% no decorrer do ano. Há alguns meses, o quilo chegou a custar R$ 10 – comenta o diretor do Procon, Luís Fernando Almeida.
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