O preço da cesta básica registrou, em 2007, alta em todas as 16 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O custo dos produtos alimentícios essenciais variou de 11,46%, verificado em Curitiba, a 24,38%, em Aracaju. O produto que mais subiu em 2007 foi o feijão, em especial o chamado feijão de cores, cujo aumento chegou a superar 200%.
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Os preços de carne, leite, café e óleo de soja também subiram em todas as cidades. Por outro lado, tomate e açúcar foram os itens que registraram recuo generalizado.
Em todas as capitais, a elevação superou o reajuste de 8,57%, aplicado ao salário mínimo em abril. Além da capital de Sergipe, também Goiânia (24,21%) e Belém (20,90%) registraram elevações superiores a 20,0%. Variações inferiores a 15,0% ocorreram em Brasília (12,44%), Florianópolis (13,18%), Rio de Janeiro (13,46%) e Porto Alegre (14,33%).
Já no mês de dezembro, 15 capitais apresentaram aumento, que chegou a 12,73%, em Goiânia, onde a elevação foi bem superior à verificada nas demais cidades: 8,89%, em João Pessoa, 7,93%, em Fortaleza e 7,61%, em Belém. Apenas no Rio de Janeiro o Dieese apurou pequena variação negativa (-0,24%).
O maior custo para o conjunto de produtos básicos foi apurado em São Paulo (R$ 214,63), que se manteve, pelo segundo mês consecutivo como a capital com a cesta mais cara. Porto Alegre (R$ 212,92) e Belo Horizonte (R$ 204,80) vieram a seguir. João Pessoa (R$ 155,09) e Recife (R$ 155,41) apresentaram os menores valores para os gêneros alimentícios essenciais.
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Salário mínimo deveria ser de R$ 1.803,11
Segundo o Dieese, para suprir as necessidades básicas, o salário do trabalhador em dezembro deveria corresponder a R$ 1.803,11 – 4,75 vezes o valor do salário mínimo, de R$ 380. Ainda em dezembro, o trabalhador que ganha um salário mínimo precisou cumprir 106 horas e nove minutos de trabalho para adquirir uma cesta básica. Esta jornada é a segunda maior registrada em 2007, semelhante ao verificado em março, quando chegou a 106 horas e 36 minutos. Em relação a novembro, são quase cinco horas a mais, uma vez que naquele mês, o trabalhador de salário mínimo precisou cumprir 101 horas e 11 minutos para adquirir os mesmos itens.