A uma semana do fim do prazo para o registro de federações partidárias, ao menos três grupos partidários caminham para fechar alianças para as eleições 2022. Novidades deste ano, as federações representam uma parceria mais ampla do que as coligações, porque os partidos precisam ficar juntos e atuar como um único bloco pelos quatro anos, e não apenas pelo período eleitoral.

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Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até o momento duas federações apresentaram pedido de registro à Justiça Eleitoral: a dos partidos PSDB e Cidadania e a Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV. Apesar disso, um terceiro bloco, que une os partidos PSOL e Rede, também está em formação e deve ter o pedido apresentado ao TSE até o dia 31 deste mês, prazo final para a criação das federações.

O que são federações partidárias e como funcionam nas eleições 2022

As federações também auxiliam partidos menores a atingirem os números de candidatos eleitos exigidos pela cláusula de barreira. Com isso, não perdem acesso a benefícios como o fundo partidário e tempo de rádio e TV. O principal efeito das federações ocorre na formação de nominatas para concorrer a deputados estaduais e federais, já que nestes cargos a coligação está proibida desde 2019.

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No Brasil, alguns partidos já anunciaram federações para as eleições. Confira as prováveis alianças a serem oficializadas até a próxima semana:

PSDB – Cidadania

A federação entre PSDB e Cidadania foi anunciada ainda em março. Os partidos já apresentaram pedido de registro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta semana, o PSDB teve a baixa do então pré-candidato João Doria, que desistiu de concorrer à Presidência. Ele era o principal nome do grupo para a disputa.

Em abril, o MDB também chegou a conversar com os partidos de olho no apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB), mas a participação dos emedebistas na federação não foi confirmada. Em março, o MDB já havia descartado uma possível aliança que estava em discussão com o União Brasil.

PT – PCdoB – PV

Outra federação que já foi aprovada pelos partidos e teve o pedido de registro apresentado à Justiça Eleitoral é a que une PT, PCdoB e PV. Outras legendas como PSB e PSOL também chegaram a negociar a participação na federação, mas não embarcaram (leia mais abaixo). Na corrida presidencial, os partidos do bloco vão apoiar a candidatura do ex-presidente Lula.

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PSOL – Rede

PSOL e Rede também devem apoiar a candidatura de Lula na corrida presidencial, mas decidiram formar uma federação diferente para as eleições proporcionais, unindo forças para tentar eleger mais deputados. O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e candidato a presidente em 2018, Guilherme Boulos, foi eleito nesta semana o presidente da federação. A indicação cabia ao PSOL, maior partido da aliança. Até o início desta semana, o pedido de registro da federação PSOL-Rede ainda não havia recebido segundo o TSE, mas as legendas ainda têm até dia 31 para solicitar a formalização da aliança.

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