A nova bola do Campeonato Catarinense 2013 ainda não rolou em todos os treinos da Divisão Principal. A Federação Catarinense de Futebol (FCF) recebeu o material essa semana da Penalty, fornecedora oficial do Estadual, e alguns jogadores só irão conhecer a nova redonda no aquecimento, instantes antes da partida de estreia do campeonato.
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Diferente do que ocorre em outros estaduais, como no Gauchão e no Paraná, onde as bolas do jogo são fornecidas pela Federação aos clubes, em Santa Catarina os times precisam comprar sete bolas para a primeira partida como mandante e mais três novas para cada jogo seguinte que realiza em casa.
– Estamos treinando com as bolas do ano passado. As desse ano, vamos conhecer na hora do jogo – afirmou o presidente do Guarani de Palhoça, Amaro Júnior.
Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da FCF, disse que as bolas chegam muito perto da abertura do campeonato, o que impede o envio para os clubes. Segundo ele, a Federação recebe uma determinada quantidade da Penalty – não soube precisar quantas – e as demais são compradas a preço de custo.
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– A maioria dessas bolas que chegam são usadas em campeonatos de juniores, amadores e feminino, que não têm as mesmas condições que a Divisão Principal – explica o presidente, e acrescenta que, esse ano, os clubes receberão certa quantia de bolas, mas que isso não foi definido ainda.
O presidente do Camboriú Futebol Clube e vice-presidente da Associação, José Henrique Coppi, confirmou que as bolas sempre foram compradas pelo clube e nunca entregues pelas Federação. Coppi, que assumiu o cargo na Associação este ano, sinalizou que pretende discutir esse assunto com o Delfim Peixoto.
– Esse é um dos assuntos que podemos conversar ao longo desse ano – projeta Coppi.
Quem paga as bolas
Os clubes menores aguardam pelo material que a Federação Catarinense de Futebol (FCF) recebe e correm o risco de não treinar com as bolas do ano até a primeira rodada. Em compensação, podem ganhar da FCF o desconto que, segundo o presidente Delfim Pádua Peixoto Filho, é integral.
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– As bolas que os clubes comprarem são vendidas à preço de custo.
Outros clubes preferem não esperar e compram o material assim que está disponível no mercado.
A Chapecoense aproveitou a realização de um amistoso contra o Passo Fundo e comprou as duas bolas usadas no jogo. O diretor de futebol da Chapecoense, Carlos Almeida, disse que o material sempre foi comprado da Federação Catarinense de Futebol. Segundo ele, foi cobrado R$ 160 por bola.
O Criciúma também comprou as bolas da FCF para esse ano e o primeiro treino com o novo material foi realizado na última quarta-feira. O presidente do Juventus, Jerry Luft, primeiro disse que não havia recebido nenhuma bola e depois preferiu não mais comentar sobre o assunto.
– Não quero entrar nessa bola dividida – encerrou Luft.
Segundo Pedro Ferreira, vice-presidente do Camboriú, as bolas sempre foram compradas pelas equipes, em Santa Catarina. Ferreira disse não saber porque essa é a forma adotada no Estado, sendo que em outros estaduais, que também usam a bola Penalty, os clubes recebem o material.
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O Figueirense recebeu as bolas diretamente da Penalty, fornecedor oficial do clube desde o ano passado. O Avaí decidiu não aguardar pelas bolas que chegaram da FCF e comprou 30 bolas para treinar na pré-temporada. Como não esperou pela Federação, o clube não usufruiu do desconto que o presidente da entidade afirma repassar aos clubes na hora da compra das bolas.