O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, afirmou hoje que o plano de estímulo fiscal do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, impulsionaria a economia nacional, mas advertiu de que pode não ser suficiente sem a adoção de outras medidas.
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Em discurso pronunciado hoje em Londres, Bernanke disse que o plano de quase US$ 800 bilhões que está sendo negociado pela futura administração de Obama e o Congresso dos Estados Unidos “poderia dar um significativo impulso à atividade econômica”.
– Na minha opinião, no entanto, é improvável que as medidas fiscais fomentem uma recuperação duradoura a menos que estejam acompanhadas de fortes medidas para estabilizar mais e fortalecer o sistema financeiro – afirmou o presidente do Fed em uma conferência concedida na London School of Economics. Bernanke, que fez a declaração após se reunir com o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, deixou entrever que o governo de Washington poderia ser obrigado a injetar capital adicional em bancos e firmas financeiras.
– A piora das perspectivas de crescimento da economia, a contínua perda de crédito e a redução de capital podem manter durante um tempo a pressão sobre o capital das folhas de balanço de instituições financeiras – explicou Bernanke.
– Portanto, pode ser que sejam necessárias mais injeções de capital e garantias para assegurar a estabilidade e a normalização dos mercados creditícios.
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Bernanke ressaltou que “o Federal Reserve cumprirá sua parte para fomentar a recuperação econômica, mas serão necessárias também outras medidas”.
– O Fed tem poderosas ferramentas à sua disposição para lutar contra a crise financeira e a desaceleração econômica (…) – afirmou.