O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de Nova York aprovou nesta segunda-feira as condições da oferta revisada do JPMorgan Chase para obter o controle do Bear Stearns, e se comprometeu a conceder um empréstimo de US$ 29 bilhões. O dinheiro servirá para cobrir as possíveis perdas derivadas da desvalorização de ativos do banco de investimento, castigado pela crise de crédito que afeta há meses os mercados financeiros.
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O banco JPMorgan Chase elevou hoje de US$ 2 a US$ 10 sua oferta por cada ação do banco de investimento Bear Stearns, após garantir o controle de 39,5% da empresa assim que essa estiver integrada à sua estrutura. A oferta representa um aumento em relação à anunciada em 16 de março, quando o JPMorgan ofereceu pelo quinto maior banco de investimento dos Estados Unidos US$ 2 por ação (US$ 236 milhões no total), o que inicialmente causou pânico entre trabalhadores e acionistas e gerou uma forte desvalorização de seus títulos.
A revisão do acordo anterior, que também inclui o controle de 39,5% do capital assim que a operação estiver concluída (o que deve ocorrer em 8 de abril), fez com que os papéis do banco de investimento subissem hoje 88,7%, até US$ 11,25 cada. “Os conselhos de administração de ambas as companhias aprovaram o acordo revisado e o de compra”, indicaram as entidades em nota. Além disso, especificaram que o JPMorgan assumiria os primeiros US$ 1 bilhão de prejuízos que possam gerar os ativos do Bear Stearns, enquanto o Fed assumiria US$ 29 bilhões.
A autoridade monetária, que já tinha anunciado dias atrás que respaldaria com US$ 30 bilhões a venda do Bear Stearns, deu o sinal verde hoje às novas condições da operação e detalhou que os US$ 1 bilhão de possíveis perdas que o JPMorgan deverá assumir também estarão respaldados pelo banco central. O JPMorgan calcula que o grau de exposição do Bear Stearns à dívida vinculada a empréstimos hipotecários chega a US$ 33 bilhões.
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