Todo mundo escuta que ser empresário no Brasil não é fácil – mas só quem vive essa realidade no dia a dia conhece todos os aspectos implicados na missão de manter um negócio e ajudar o estado e o país a crescerem. A poucas semanas de uma importante eleição, que vai definir quem será o governador de Santa Catarina pelos próximos quatro anos, é indispensável que os candidatos conheçam os desafios e demandas dos empresários do setor de comércio, serviço e turismo.

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Com esse objetivo, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio) produziu a 3ª edição da Carta do Comércio 2002, que traça um diagnóstico dos principais entraves para o desenvolvimento do Estado. O documento está sendo apresentado aos candidatos ao Governo Estadual não apenas como fonte de informações, mas como base para propostas. “Nossa intenção com a Carta é buscar o compromisso dos candidatos com a agenda proposta, por meio de sua assinatura”, afirma o presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni.

A Carta foi produzida com a participação de 508 empresários de 75 municípios e aponta os nove macrotemas aos quais o setor empresarial é mais sensível – e que resultaram em 33 índices de relevância socioeconômica. Além de ser apresentada aos candidatos, a Carta será debatida em painel a ser realizado antes das eleições e é leitura obrigatória para os gestores públicos, para quem empreende ou quer empreender e para aqueles que desejam conhecer melhor o cenário e as perspectivas econômicas de Santa Catarina e do Brasil.

''Queremos apoiar a construção de políticas públicas para desenvolver o setor e toda a economia de SC
”Queremos apoiar a construção de políticas públicas para desenvolver o setor e toda a economia de SC”, destaca Hélio Dagnoni (Foto: Divulgação)

Diagnóstico baseado na realidade

O levantamento, realizado com base em dados de 2022, aponta um cenário preocupante. O valor médio do Índice de Dificuldades Empresariais de SC (Idemp/SC) alcançou 6,864 pontos, um número considerado de alta dificuldade para um bom ambiente de negócios nos segmentos abrangidos pela entidade.

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O Índice apontou que a maior preocupação dos empresários é o ambiente econômico, especialmente por conta das perspectivas de inflação e das incertezas quanto ao poder de compra dos consumidores. O segundo maior entrave apontado foi a captação de recursos, seguido pelo sistema legal e tributário. Os demais macrotemas – administração pública, recursos humanos, condições de inovação, comércio exterior, legislação trabalhista e infraestrutura catarinense – também foram considerados de alta dificuldade. Um cenário desafiador não apenas para os empresários, mas para toda a economia catarinense.

O baixo poder de compra dos consumidores, que vem se deteriorando desde o primeiro trimestre de 2021 e não apresenta tendência de elevação em curto prazo, é um ponto que mobiliza o setor. Em Santa Catarina, o rendimento médio real ficou em R$ 3.008 no segundo trimestre de 2022 – menor valor desde o terceiro trimestre de 2017 em igual período de comparação. Esse contexto, associado ao endividamento e à inadimplência das famílias, causa impactos no volume de vendas e serviços. Todos os macrotemas avaliados foram considerados de alta dificuldade para o desenvolvimento das empresas catarinenses (indicada pela pontuação acima de 5 pontos). Quanto maior o índice, mais alto o grau de dificuldade a ele atribuído.

Propostas para o desenvolvimento

A Carta ainda apresenta aos futuros gestores sugestões de políticas públicas que, ao serem priorizadas, vão mitigar as dificuldades empresariais e estimular o desenvolvimento econômico do Estado, dando destaque para a educação, saúde, infraestrutura e segurança pública. São grandes desafios diante de nosso cenário econômico, com previsão de baixo crescimento, inflação elevada, baixo poder de compra pela população e a necessidade de aumentar o emprego formal e a renda familiar.

Para cada um dos nove macrotemas abordados pelo estudo, são apresentadas propostas objetivas para o estabelecimento de uma agenda de desenvolvimento. Integração entre as cadeias de valor, redução da carga tributária para a ordem de 30% do PIB, redução gradativa de tributos, incentivo às parcerias públicas e privadas (PPP) no fornecimento de serviços públicos, parcerias com grupos e entidades internacionais, simplificação das regras aduaneiras e integração de modais de transporte são algumas delas.

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As empresas catarinenses criam empregos e movimentam a economia, gerando mais riqueza e qualidade de vida para todo o Estado. O conteúdo completo da Carta do Comércio 2022 está disponível para download no site cartadocomercio.com.br, onde também é possível acessar um painel de dados online na plataforma de Business Intelligence da Fecomércio SC.

Tenha acesso a Carta do Comércio 2022 acessando o site.

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