Ao mesmo tempo em que o presidente Michel Temer assinava duas medidas provisórias (MP) – uma criando a Agência Brasileira de Museus (Abram) e outra permitindo a formação de fundos com doações privadas para financiar projetos de interesse público -, a UFSC anunciava o fechamento ao público para visitações do Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) Osvaldo Rodrigues Cabral, mantido pela instituição no campus de Florianópolis.
Continua depois da publicidade
As duas iniciativas só aconteceram após o incêndio que praticamente arrasou o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Parece que nosso país só caminha a partir de “empurrões” que a história nos proporciona, não é mesmo?
Que museu é esse?
O Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) Osvaldo Rodrigues Cabral é uma instituição ligada diretamente ao gabinete da reitoria da UFSC. É (era) uma porta aberta à comunidade, convidando-a a ir até a universidade federal para conhecer um pouco mais de sua própria história e refletir sobre sua identidade cultural tão diversificada.
Além do importante acervo de arqueologia pré-colonial e histórica, e de etnologia indígena, o museu é guardião da coleção Profª Elizabeth Pavan Cascaes, preservando o significativo acervo do artista Franklin Joaquim Cascaes, constituído por desenhos e esculturas que retratam cotidiano, religiosidade, lendas, mitos folguedos folclóricos e tradições dos primeiros colonizadores da Ilha de Santa Catarina.
Continua depois da publicidade
Os motivos alegados pela direção são os mesmos que levaram o Museu Nacional ao incêndio: más condições gerais do prédio (incluindo a ausência de alvará do Corpo de Bombeiros) e falta de uma estrutura de combate a incêndios. O reitor garantiu que fará uma visita ao museu (que ele ainda não conhecia) e espera que a reabertura possa ocorrer em breve.
Confira mais notícias da Grande Florianópolis