Os oito dias de fechamento do canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes fez com que 16 navios cancelassem escalas no Complexo Portuário. Ontem a barra reabriu, com restrições, e dois dos três navios que esperavam para deixar os terminais há mais de uma semana foram manobrados pela Praticagem. Um deles, entretanto, que estava atracado no Teporti, permaneceu porque havia dúvidas sobre a segurança da movimentação naquele trecho do rio, à montante.

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Outras oito embarcações continuavam fundeadas em alto-mar no domingo, aguardando para entrar nos portos. Devido às condições de correnteza, é provável que essas manobras só ocorram hoje. 

Para cada navio parado, o prejuízo estimado é de US$ 30 mil a US$ 50 mil por dia, somente para o armador. Se tomarmos por base apenas os três navios que já estavam atracados nos terminais quando o canal foi fechado, o prejuízo pode ter chegado a R$ 3,8 milhões. Isso sem contar o restante da cadeia logística.

A perda para os terminais e a economia dos municípios e do Estado é difícil de mensurar porque atinge todo o setor. Nos casos em que o navio ficou parado, alguém terá que pagar pelo atraso das cargas _ que são, em sua grande maioria, congelados perecíveis.

Se considerarmos as escalas que foram canceladas, a carga que deveria embarcar ou desembarcar nos portos locais precisa seguir até o próximo terminal via rodoviária. Sobra para o armador e, em alguns casos, para o dono da carga pagar a complementação do custo logístico. 

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Solução 

Entre as soluções possíveis para os problemas de impraticabilidade do canal de acesso aos portos do Itajaí-açu está a construção de diques, a instalação de comportas e de um canal extravasor, para conter a força das águas. Essas obras estão no projeto de contenção de cheias previsto para Itajaí. 

O Governo do Estado anunciou em março que pretendia adiantar essa fase dos trabalhos _ no entanto, ainda não foi divulgado um cronograma.