Não são só as férias escolares dos irmãos Camille e Jean Carlos que estão no fim. Com os pais Márcia e Antônio Carlos Correa, eles assistiram neste fim de semana a uma das últimas sessões de cinema no shopping Cidade das Flores, pelo menos nos próximos meses.

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A partir de segunda-feira, as duas salas da empresa Arco-íris estarão de portas fechadas. O shopping quer tentar trazer um novo cinema no local até o fim do ano.

A notícia pegou de surpresa famílias como os Correa, que na sexta aguardavam para assistir “Shrek Para Sempre”. O assunto foi tratado pelos colunista de AN, Jefferson Saavedra e Rubens Herbst.

Na sexta, o auxiliar administrativo da Arco-íris, Mario Filho, alegava baixo faturamento como motivo para encerrar as atividades em Joinville. A Arco-íris reconhecia as deficiências, mas não voltou a comentar o assunto.

A superintendente do shopping, Inês Santette, diz que havia sido feitos pedidos à empresa para que as salas fossem reformadas.

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– O cinema não comportava salas mais tecnológicas. Pedimos a reforma, mas não houve acordo -, esclarece.

Segundo ela, mesmo assim, o shopping mantém planos de continuar com um cinema no local.

– Pode ficar fechado nos próximos meses, mas estamos em negociações com outras empresas e com a própria Arco-íris para receber instalações mais modernas.

Ela disse que não pode entrar em detalhes, mas adiantou que pretende contar com a novidade antes do Natal.

Além da surpresa nas filas, o fechamento do cinema também provocou reações públicas. Na internet, personalidades da área cultural lembraram que havia até promessa de se construir uma cinemateca no local, em 2006, em parceria entre a Arco-íris e a Prefeitura.

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O acordo previa expansão das salas, principalmente para exibição de filmes não-comerciais. A idéia nunca andou. Joinville só não perde com a redução de salas porque outras seis foram abertas recentemente com a inauguração do Joinville Garten Shopping, na zona Norte.

Mesmo assim, famílias como a dos Correa consideram a novidade mais longe, cara e sem o clima “de família” que, segundo Márcia imperava no local.