Está marcada para segunda-feira à tarde na Câmara de Vereadores de Itajaí, a partir das 16h, a audiência pública que vai discutir as estratégias do movimento que pede a permanência da UO-Sul na cidade. Há pouco mais de uma semana, a Estatal anunciou que iria fechar a unidade na região e transferir grande parte dos seus servidores para Santos.
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Feita em parceria entre o Legislativo municipal e estadual, a reunião já tem presença confirmada de autoridades de todo o Estado e é possível que o governador Raimundo Colombo (PSD) também compareça.
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A expectativa é que algum representante da Petrobras esteja presente para esclarecer a saída da companhia de Itajaí. Desde a confirmação oficial, há pouco mais de uma semana, a campanha pró-UO-Sul ganhou o apoio do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro), e uma página no Facebook que leva o nome SOS UO-Sul faz campanha pela permanência.
A página, criada por funcionários e terceirizados que devem ser dispensados com a saída da unidade, tem apoio de sindicatos e universitários da região e já tinha mais de duas mil curtidas nas primeiras 24 horas no ar.
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Fechamento definitivo
Existe nas entidades que participam das discussões a sensação de que a subordinação da unidade de Itajaí a Santos e a mudança na qualificação, de unidade de exploração para Ativo de Produção, seria o prenúncio de um fechamento definitivo. Isto porque, sem exploração, não haverá busca por novas frentes de trabalho, e a tendência é que a operação dos poços atuais na região esgote naturalmente com o tempo.
Esse esgotamento poderá representar o temido impacto às atividades que envolvem a movimentação de embarcações e de aeronaves na região de Itajaí e Navegantes.
O fato é que além da perda de autonomia a região também deve ter uma redução sensível nos programas sociais, que hoje beneficiam um bom número de entidades na região. O buraco do prejuízo, portanto, é mais fundo do que parece.
Há tempos a categoria reclama da falta de investimentos no Sul do país, que culmina agora com o fechamento da UO-Sul. Vale lembrar que a unidade é a 5ª em produção no país, responsável por um negócio de R$ 7,5 milhões por dia, e que tem a melhor relação entre produtividade e número de funcionários – já é uma unidade enxuta.
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