Febre não é doença. Não precisa ser temida e, em muitos casos, nem tratada. Pode até ser benéfica. Muitos pais se surpreendem quando o médico lhes diz isso, conta o pediatra e homeopata Moises Chencinski, autor do livro Gerar e Nascer, um canto de amor e aconchego.
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– A febre é apenas um indicativo de um processo em andamento e esse sim deve ser pesquisado, diagnosticado e tratado. Com a evolução e resolução desse quadro, a febre, juntamente com todos os outros sintomas, irá ceder – afirma, completando que o objetivo do antitérmico não é curar nem tratar a febre, mas dar conforto à criança para que ela se alimente bem, se hidrate bem, durma bem e consiga usar suas energias no combate à doença que causou o estado febril.
Segundo Chencinski, no ano passado o Pediatrics – jornal da Academia Americana de Pediatria – publicou artigo reforçando que febre não é doença, mas um mecanismo fisiológico que tem efeitos positivos quando o organismo tenta combater uma infecção.
– Ao contrário da preocupação dos pais, a febre, por si só, não agrava a doença, não determina a gravidade dessa doença e não causa agravações neurológicas a longo prazo – diz.
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Ele conta que a medicação contra a febre não é uma obrigação e que ela não evitará a convulsão febril, complicação benigna, porém temida pelos pais.
O médico acrescenta que a febre retarda o crescimento e reprodução de bactérias e vírus e estimula o sistema imunológico. Muitas são de curta duração, benignas e protegem o indivíduo.
Já os riscos de diminuição da temperatura incluem possível atraso na identificação do diagnóstico e no início do tratamento apropriado.
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