A febre hemorrágica de Lassa deixou 72 mortos neste ano em 18 estados da Nigéria, informou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Citando dados do Centro Nacional de Controle de Epidemias (NCDC), a OMS apontou em um comunicado que \”o número de casos confirmados durante esses dois meses já ultrapassa o número total de casos confirmados durante todo o ano de 2017\”.
Segundo o NCDC, foram registrados 317 casos desta doença neste ano, enquanto em todo 2017 houve 143 casos declarados.
A maioria dos casos confirmados ocorreu no Estado de Edo, no sul da Nigéria, região endêmica do vírus.
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\”Existe um centro especializado para a febre de Lassa, o único junto com o de Lagos [capital econômica do país] em toda a Nigéria\”, explicou Crusoe Osagie, porta-voz do governo local, à AFP.
\”Mas esse centro é uma propriedade federal e estava em decadência\”, acrescentou Osagie. \”Não estão preparados para acolher tantos casos\”.
O governador desbloqueou fundos para comprar material de segurança e equipamentos de diálise, mas a situação continua sendo preocupante, dado que a maioria dos casos se encontra em zonas rurais e afastadas.
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\”Nossa capacidade para detectar rapidamente os casos de infecção nas comunidades e comunicá-los às estruturas especializadas aumenta as possibilidades de sobrevivência dos pacientes\”, detalhou a OMS em seu comunicado, assegurando que está colaborando com os governos locais para frear a epidemia.
Segundo a OMS, a febre de Lassa é uma infecção viral da mesma família de vírus que o de Marburg e o do Ebola. Seu nome se deve a uma localidade do norte da Nigéria em que foi identificada pela primeira vez, em 1969.
A febre de Lassa, que castiga duramente a Nigéria, Guiné, Libéria e Serra Leoa, não apresenta sintomas em 80% dos casos, mas nos outros pode provocar danos graves, hemorrágicos ou neurológicos.
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É transmitida pelas excreções de roedores ou por contato direto com o sangue, urina, fezes ou outros fluidos de uma pessoa doente.
* AFP