O apresentador Faustão lamentou a morte de seu amigo Rubens Antônio da Silva, o Caçulinha, que morreu aos 86 anos nesta segunda-feira (5). O músico ganhou destaque nacional em suas participações no programa da TV Globo, Domingão do Faustão. “Caçula é um dos meus amigos mais antigos, somos amigos e irmãos desde 1965”, disse o apresentador em comunicado à imprensa.

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Caçulinha ficou nacionalmente conhecido por suas participações no Domingão do Faustão, da TV Globo. Na emissora, atuou por mais de 20 anos e fazia a trilha sonora do programa ao vivo. Ele também comandava a banda que abria e fechava os intervalos do programa humorístico Sai de Baixo.

Ele estava internado há cerca de dez dias no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, após ter sofrido um infarto. A morte foi confirmada por seus familiares.

O corpo de Caçulinha foi velado na manhã desta segunda-feira (5), na Capela do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. O sepultamento foi às 16h no mesmo local.

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Caçulinha e sua carreira musical

Natural de São Paulo, Caçulinha nasceu em 1938 numa família musical. O pai dele, Mariano de Silva, foi um grande compositor sertanejo que fez sucesso no interior de São Paulo, principalmente em Piracicaba. Junto com o irmão, Mariano formou a primeira dupla sertaneja a gravar disco no Brasil, em 1929.

Caçulinha herdou não apenas o talento musical, como também o nome artístico do tio. Aos 8 anos, já era uma criança prodígio que tocava acordeão, e exibia uma habilidade rara: o ouvido absoluto. Aos 20 anos, Caçulinha já tocava piano, violão, acordeão e escaleta, além de se apresentar em boates na noite paulistana.

Antes da longa parceria com Faustão, Caçulinha participou de outros programas de TV: Essa Noite se Improvisa, Raul Gil, Ratinho, Os Trapalhões, Balão Mágico, Clube do Bolinha, Almoço com as Estrelas, Perdidos na Noite, A Praça é Nossa, entre outros. Ao longo da carreira, gravou 31 discos de vinil. O mais recente foi lançado em novembro de 2019, em comemoração aos 60 anos de carreira na música e na televisão brasileira.

Veja o comunicado de Faustão

“Fora a importância na música brasileira, no show do Brasil e em termos culturais, um cara que trabalhou com Tony Bennett, Roberto Carlos, Elis Regina, Elizeth Cardoso, Angela Maria, Cauby Peixoto, um dos maiores nomes da música brasileira com muita lealdade, competência e versatilidade. Caçula é um dos meus amigos mais antigos, somos amigos e irmãos desde 1965. Eu o conheci apresentando um programa de rádio chamado Rádio Baile, em Campinas. Desde lá, tivemos uma convivência absurda de viajar junto, de dividir a vida, de curtir os altos e baixos da vida. Foi um prazer ter trabalhado com ele. Um ótimo caráter, um cara criativo com quem convivi bastante! Meu único consolo é que ele teve uma estrutura de vida extraordinária. Uma irmã, a Wanda, que foi excelente e as sobrinhas que deram a ele todo o carinho e dignidade como ele mereceu. Ainda bem que ele não sofreu tanto como em algumas doenças. Ele viveu e entrou no grande baile da vida, fez história e deixará saudades!“

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