A Black Friday chega a sua 10ª edição no Brasil superando a desconfiança – que inicialmente despertou entre os clientes – e se consolidando como uma das principais datas para o setor varejista do país. De acordo com o site oficial da Black Friday, só em Santa Catarina, as 10 cidades com maior previsão de faturamento em 2019 devem somar R$ 86 milhões. Florianópolis lidera o ranking no Estado com uma previsão de faturar R$ 25 milhões.
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E não é só Santa Catarina que tem motivos para comemorar. Em todo o Brasil a Black Friday deste ano deve registrar um aumento de 18% em relação a 2018. Se pegar o ano inteiro, o setor varejista deve fechar 2019 com um aumento de 15% em relação ao ano passado.
Parte do sucesso deste resultado tão aguardado, se deve aos cerca de oito milhões clientes que devem fazer a sua primeira compra online este ano, justamente na Black Friday. A expectativa foi divulgada pelo Google no Show da Black Friday, evento que aconteceu na tarde desta quinta-feira, no Rio de Janeiro.
Além da venda online
Em uma das mesas redondas que compuseram o evento do Google no Rio de Janeiro, Silvana Balbo, gerente de marketing do Carrefour Brasil, explicou que o bom desempenho da rede na Black Friday vai além dos resultados em vendas. Segundo ela, é comum que, depois da data, muitas pessoas se tornem clientes ao longo de todo o ano.
Gigante como loja física, o Carrefour vem investindo forte no e-commerce. As vendas online representam 11% do total da rede, que este ano teve um aumento de 44%.
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Quem também falou sobre este cenário foi o CEO da Etna, Roberto Szach. Segundo ele, é evidente o aumento da procura pelo online, mas ressaltou que muitos clientes ainda vão às lojas físicas, e que isso acaba se misturando.
— A pessoa entra com o celular na mão olhando os produtos da loja. Entram até olhando o nosso concorrente — brinca.
Guerra de estratégia
Diante de tantas ofertas, o consumidor aprendeu a pesquisar para encontrar o melhor desconto. Na Black Friday estamos falando de pesquisar, principalmente, na internet. Como maior fonte de pesquisa online do mundo, o Google monta uma verdadeira operação de guerra nesta época do ano para ajudar as empresas a estarem preparadas para atender às demandas dos clientes.
Este trabalho do Google começou com o que eles chamam de war room, ou sala de guerra, onde trabalham com dados, fazem levantamentos e identificam tendências. Esta estrutura é formada pelos "googles", especialistas que atuam direto com as empresas parceiras.
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André Silva é gerente da equipe de engenharia comercial do Google. De acordo com ele, o Google atua como um parceiro do varejo, oferecendo o serviço de informação e ajudando a torná-lo mais eficiente na entrega. Segundo Silva, o que eles fazem é relacionar os hábitos de consumo dos clientes com a disponibilidade de produto e os melhores preços.
— Fazemos uma ponte entre o varejo e o consumidor — reforça o gerente.
Diego Venturelli também trabalha no Google. Ele é head de insights para Varejo, e explica que o trabalho com as empresas é fundamental porque as pessoas estão atingindo um nível de exigência muito alto.
— Elas estão se informando mais, buscando o melhor em todas as compras, desde eletrônicos até as bebidas — conclui.
O Show da Black Friday
Depois de alguns anos atuando nos bastidores com a war room, o Google resolveu ampliar ainda mais a relação da empresa com o setor varejistas. Foi daí que surgiu a ideia do Show da Black Friday.
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A ação que começou na noite de quinta-feira, no YouTube Space, no Rio de Janeiro, reuniu 10 influenciadores e foi transmitido simultaneamente, durante cinco horas, nas páginas de todos eles. Juntos, esses youtubers têm mais de 130 milhões de inscritos em suas páginas.
O evento contou com a parceria da Americanas.com, Carrefour, Etna, Chevrolet e PickPay, e foi apresentado pelo youtuber Felipe Neto. Com ativações das marcas parceiras em quadros e brincadeiras, o Show da Black Friday contou ainda com a apresentação dos MCs Kekel e Kevinho, cantores que surgiram e têm suas bases de fãs na internet. Nos primeiros minutos o evento já contava com 350 mil acessos simultâneos. Este número chegou a passar os 500 mil.
* O repórter viajou ao Rio de Janeiro a convite do Google Brasil