O sétimo relatório de balneabilidade da temporada 2014-2015, apresentado em 23 de dezembro, pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), apresenta um índice de 67,8% de pontos impróprios para banho no litoral catarinense. Em uma comparação por período é possível perceber um aumento significativo, tanto no Estado como na Capital.
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No início da temporada do ano passado, 49 locais foram considerados impróprios, sendo que neste ano foram detectados 64 locais com má qualidade da água. Em Florianópolis, foram 18 pontos ruins em 2013, para 22 em 2014.
– Este ano agravou um pouco a questão por conta das chuvas, que trazem todo o material depositado na rede fluvial que vai para o mar e piora a situação – observa o diretor de Proteção e Ecossistemas da Fatma, Márcio Luiz Alves.
Em uma avaliação sobre o litoral catarinense, Alves classifica como melhor qualidade o litoral Sul do Estado, entre as praias da Pinheira, em Palhoça, até Tubarão, com apenas um ponto negativo na região. O mar aberto mantém uma diminuição do acúmulo de material e torna a qualidade da água melhor, explica o diretor.
No litoral Norte, as regiões com mais problemas são em Balneário Camboriú, Piçarras, Penha e Joinville, com a característica de litorais recortados por rios, o que facilita a contaminação da água do mar.
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Em Florianópolis, explica Alves, as baías são os locais mais críticos em relação à contaminação da água. Localizadas em Coqueiros e praia da Saudade no Continente, e em Cacupé, Saco dos Limões, Costeira, Beira-Mar Norte e Lagoa da Conceição, na Ilha, são locais que apresentam uma grande concentração de pessoas, sendo fechadas, e com poucas saídas para o material depositado. Já as praias da Joaquina, Mole, Ingleses, Pântano do Sul, Açores, Armação e Matadeiro, apesar da grande concentração de pessoas, têm mar aberto e maior diluição do material orgânico.
Para o diretor da Fatma, a solução está na fiscalização e nos investimentos do poder público e também na conscientização de empresários e da população em geral. Ele lembra que cabe aos municípios fazer o controle da destinação correta dos materiais e aos empresários ter um sistema de captação adequado.
– As pessoas devem fazer sua parte e cobrar do seu vizinho o mesmo. A partir do momento que se joga materiais na rede fluvial, já é um agente contaminador – diz ele.
O comandante da Operação Veraneio no litoral catarinense do Corpo de Bombeiros, coronel Onir Mocelin, observa que o nível de poluição tem aumentado na maioria das praias do Estado. Ele chama a atenção para a falta de um sistema de tratamento de esgoto nas regiões.
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