A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) contestou o estudo apresentado, nesta terça-feira, pela Organização não-Governamental (Ong) SOS Mata Atlântica, que classificou o Estado com o segundo maior desmatador do Brasil da floresta, atrás somente de Minas Gerais.

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O Mapeamento da Cobertura Vegetal de Santa Catarina, feito pela Fatma, aponta que o Estado tem mata nativa ou em estado avançado de regeneração em 41% de seu território. No estudo da SOS Mata Atlântica, esse número cai para 22,43%.

De acordo com a fundação, a diferença nos critérios dos levantamentos é responsável pela distorção. A Ong teria ignorado terras com menos de cinco hectares e a Fatma teria avaliado terrenos a partir de 2,5 hectares.

O presidente da Fatma, Murilo Flores, afirma que 89% do território de Santa Catarina é formado por pequenas propriedades, de até 20 hectares, e há muitas áreas com menos de cinco hectares.

Municípios

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O estudo da Fatma apontou Itaiópolis como o município catarinense com a maior área de floresta nativa do Estado: 75,3 mil hectares. No levantamento da SOS Mata Atlântica, a cidade do Planalto Norte aparece como a segunda colocada no ranking nacional do desmatamento, com 1.806 hectares de mata destruída de 2005 a 2008.

Já Santa Cecília, no Planalto Serrano, é classificada como o segundo município que mais reflorestou em Santa Catarina. A mesma cidade é apontada pelo estudo da SOS Mata Atlântica como o décimo município que mais desmatou nos últimos três anos no Brasil, com 1.063 hectares de Mata Atlântica degradados.