A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) deu sinal verde para a criação do Parque Natural Municipal Chapeú das Águas, em Vidal Ramos, Alto Vale do Itajaí. O órgão aprovou a liberação de R$ 1 milhão para a compra de 458 hectares onde ficam os mananciais que abastecem dois mil moradores do Centro de Vidal Ramos.

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O objetivo é assegurar a proteção dos mananciais para garantir água cristalina e potável nas torneiras da população do perímetro urbano.

A proposta da criação do parque, reivindicação de uma década da região, ganhou força este ano com a entrega de um abaixo-assinado à Fatma, contendo a assinatura de 2.914 pessoas. A campanha começou em outubro de 2007, com o tema Garantindo água para as futuras gerações.

Na época, devido ao anúncio da instalação de uma fábrica da Votorantim Cimentos no município, um estudo de impacto ambiental foi elaborado e chamou a atenção para a necessidade de proteger a microbacia hidrográfica da região.

Os recursos anunciados pela Fatma partiram de uma compensação da fundação pela instalação da empresa, que deve começar a exploração de calcário no município no próximo ano.

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Executivo quer Fundação Municipal do Meio Ambiente

O projeto de lei que criará a Fundação Municipal do Meio Ambiente foi encaminhado pelo Executivo à Câmara de Vereadores nesta terça-feira. O órgão será responsável por fazer a avaliação do preço dos terrenos que compõem a área da futura unidade de conservação, atualmente em posse de cinco de proprietários, além de gerenciar e fiscalizar o uso do parque.

A fundação deve ser presidida pelo ecólogo e especialista em Gestão de Recursos Hídricos em Áreas Urbanas Leandro Geronimo Lyra, principal mentor e defensor do projeto. A votação deve ocorrer na próxima semana.

Segundo Lyra, em uma negociação prévia, os cinco proprietários das terras que compõem a unidade de conservação se mostraram favoráveis à venda dos terrenos. Não há prazo, no entanto, para a criação do parque ser oficializada.

– Houve muito trabalho até então, mas, daqui para frente, os esforços continuam. Agora é o momento de reunir os proprietários e explicar, minuciosamente, o projeto do parque – afirma o ecólogo.

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