Acusada de participação nos atos golpistas de 8 janeiro, Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, virou ré no inquérito que investiga a invasão que ocorreu em Brasília após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria. Conhecida como “Fátima de Tubarão”, em alusão a cidade do Sul de Santa Catarinense”, ela foi filmada dentro do Planalto no dia em que ocorreu o ataque. As informações são do g1 SC.
Continua depois da publicidade
Saiba como receber notícias do NSC Total no WhatsApp
Nas imagens, divulgadas nas redes sociais, ela aparece dentro do prédio e, ao ser questionada por um bolsonarista, fala:
“Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, fazendo referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
Quem é “Fátima de Tubarão”, catarinense presa em operação contra atos golpistas no DF
Continua depois da publicidade
Em outras imagem, ela declara que “estava quebrando tudo”. Fátima foi presa durante a Operação Lesa Pátria. Ainda de acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, imagens no celular da acusada comprovam a participação delas nos atos.
“Constatou-se que, conquanto o recurso ‘mensagem temporária’ estivesse ativado no aplicativo WhatsApp instalado no celular da denunciada, cerceando o acesso ao teor das mensagens que envolviam os atos do dia 08/01 /2023, logrou-se localizar, na galeria de fotos e vídeos do aparelho, elementos que confirmam a presença da denunciada em Brasília/DF, nos dias 07/01/2023 e 08/01/2023 e permitem enquadrá-la como executora material dos atos”, diz o texto.
A procuradoria afirma, ainda, que “em vídeo que circulou nas redes sociais, a denunciada é chamada por ‘Fátima’ e identificada como uma moradora de Tubarão que estava ali ‘quebrando tudo'”.
Por fim, ela grita e comemora dizendo “é guerra”, além de afirmar que defecou no banheiro da Suprema Corte “sujando tudo”, encerrando a gravação bradando que “vai pegar o Xandão agora”.
Continua depois da publicidade
A reportagem tentou contato com a defesa de Fátima, mas não teve retorno até a publicação.
As denúncias analisadas pelo STF apuram os crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime, dano e dano qualificado, além de deterioração de patrimônio tombado.
Leia também:
Quem são os alvos da operação da PF que terminou com prisão de pastor em SC
Temer se coloca à disposição para articulação política por SC ao virar cidadão catarinense
Cid vai confessar que vendeu joias a mando de Bolsonaro e deu dinheiro a ele, diz advogado