A bolsonarista catarinense Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a Fátima de Tubarão, apresentou pedido de transferência para prisão domiciliar. Ela está detida por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) após ter participado dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando extremistas de direita invadiram as sedes dos Três Poderes e vandalizaram os prédios. A informação foi publicada nesta sexta-feira (8) pelo jornal Estadão.
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Após os atos antidemocráticos, ela ganhou destaque após aparecer em vídeos dizendo que estava “quebrando tudo” e que iria “pegar o Xandão”, em referência ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Fátima é natural de Tubarão e foi presa no dia 27 de janeiro, na terceira fase da Operação Lesa Pátria. Ela permanece detida na Penitenciária de Criciúma. Segundo o Estadão, o pedido apresentado pela defesa dela para que possa responder ao caso em liberdade alega que a investigada precisaria cuidar de duas crianças.
Além da participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, Fátima também é acusada de tráfico de drogas e falsificação de documentos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra a permissão da prisão domiciliar a Fátima de Tubarão. Ao Estadão, a defesa de Maria de Fátima afirmou que as decisões da PGR no caso têm sido “genéricas”. A decisão sobre o pedido ainda não foi tomada, e caberá ao próprio ministro Alexandre de Moraes.
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O magistrado concedeu nesta semana liberdade provisória para mais de 200 bolsonaristas presos após a invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília. Ainda assim, esses investigados precisam cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e ausência das redes sociais.
Os dados mais recentes do Judiciário apontam que 751 pessoas seguem presas por conta de participação nos atos golpistas, enquanto 655 foram liberadas sob medidas cautelares, passando a responder em liberdade.
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