Santa Catarina foi escolhida para receber o incrível Big Beach Boutique, nesta quinta, em Balneário Camboriú. O projeto de Fatboy Slim é famoso por reunir multidões insanas à beira de praias pelo mundo inteiro. No Brasil, a apresentação será única. A presença do DJ já não é novidade por aqui, todos sabem do seu amor pelo país, o quanto ele ama voltar e que todo esse carinho é recíproco.
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Não importa quantas vezes ele venha, a galera sempre lota seus shows e coloca as mãos para cima, enlouquecida, quando escuta seu maior hit, Put Your Hands Up for Brazil. Conversamos por telefone com Norman Cook, vulgo Fatboy.
Confira a entrevista:
A Big Beach Boutique começou em 2001, em Brighton, no Reino Unido. Desde então, o que mudou?
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Fatboy Slim – Começou em Brighton, minha cidade natal, mas que não tem uma praia muito bonita – são muitas pedras. Desde então, estamos fazendo a festa em locais mais praianos, como Japão e Brasil. A primeira vez que fizemos aí foi depois de todo mundo ter visto o DVD da segunda festa em Brighton. Aliás, todos me conhecem por causa desse DVD. Uma coisa que você nota é que tem uma plateia imensa e nada muito espetacular, sou apenas eu tocando em frente a uma multidão. A partir de agora, é como um show, com muitas luzes, fumaça e explosões. O espírito continua o mesmo, mas a produção envolvida é muito melhor e maior.
Você nota mudança no tipo de público ou na idade de quem frequenta a festa? Os fãs mais velhos continuam indo ou está havendo uma renovação?
Fatboy – Eu vejo pessoas jovens querendo fazer festa. A música mudou de alguns anos para cá, mas o público não parece mudar: são pessoas da mesma idade, que querem a mesma coisa.
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Em relação às músicas: você está tocando mais hits do que propriamente produções suas. Por que isso?
Fatboy – Eu tenho atuado mais como DJ e não como um artista que está promovendo um novo álbum ou tentando vender música. Obviamente, tenho de tocar alguns dos meus hits, mas basicamente toco o que é novo, atual e faz as pessoas dançarem.
Entre os seus hits, por aqui, Put Your Hands Up for Brazil deve ser o mais requisitado.
Fatboy – Eu amo como os brasileiros são tão orgulhosos de seu país. Se você falasse put your hands up for England, as pessoas diriam: “Não é bem assim, tem muito desemprego e outros problemas”. Enfim… No Brasil, as pessoas colocam suas mãos para cima pelo país, e é muito legal de ver esse orgulho. Vocês têm bons motivos.
O boato sempre foi de que você gostaria de morar aqui no Brasil um dia. Isso é verdade?
Fatboy – Morar, não sei, mas é definitivamente o lugar em que mais gosto de tocar. É onde fica meu público favorito, por isso, volto sempre. Eu pensei em comprar uma casa aqui há algum tempo, anos atrás, mas é muito longe e o português também é muito difícil de aprender.
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Você já teve oportunidade de ir a algum jogo de futebol aqui?
Fatboy – Eu sempre toco no período do Carnaval, fora da temporada dos campeonatos, então, não. Mas estarei na Copa do Mundo: vou tocar e curtir os jogos.
Você tem mais de 25 anos de carreira. Como era ser DJ antes deste boom todo da internet?
Fatboy – A internet abriu o mundo. Demorou cinco anos para eu construir uma reputação no Brasil e, agora, tudo acontece em minutos. Eu nunca tinha ido a Bali, por exemplo, mas, quando toquei lá, as pessoas já sabiam o que esperar.
Além de tocar, quais os lugares ou coisas que você quer conhecer durante a viagem ao Brasil?
Fatboy – Eu não costumo ter muito tempo, mas, se tiver, vou tentar ir a algum lugar bonito. Ano passado, passei alguns dias em Búzios e amei. Honestamente, a maior parte do tempo eu trabalho e, se não estou trabalhando, estou comendo. Prefiro comer a ficar na praia. (risos)
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É um fenômeno global, mas aqui no Brasil, especialmente, muitas celebridades atacam de DJ. Como você, como um dos maiores produtores e DJs de todos os tempos, enxerga isso?
Fatboy – Eu não reclamo. O engraçado sobre celebridades DJs é que elas não são muito boas. Bons DJs são bons DJs, sempre teremos nosso emprego, independentemente de quantas pessoas tentem fazer o que fazemos. Eu não ligo, apenas aceito o fato de que muito mais gente quer ser DJ hoje do que quando comecei.
No decorrer da sua carreira, você readaptou sua rotina de shows e até parou de beber. Como funciona hoje?
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Fatboy – Nos primeiros 21 anos, eu fazia muita festa, ficava acordado a noite inteira e isso começou a doer – especialmente quando você fica mais velho. Mas, durante as viagens, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Quando tenho saudade, falo com minha esposa e família pelo Skype. Viajar se tornou muito mais fácil. Quando comecei, não havia nem celular. Então, ultimamente, não é difícil, desde que você lembre de ir dormir depois do show.
Falando em celular, qual o toque do seu? Alguma música?
Fatboy – Eu tenho um celular muito antigo, a única coisa que ele faz é tocar. Não faz mais nada além de receber e fazer ligações.
Nem as redes sociais ou a internet você acessa pelo telefone?
Fatboy – Eu adoro várias coisas sobre a internet, mas mídias sociais não são muito minha praia. Uso Facebook e Twitter para mandar mensagens para os fãs, mas não coloco nada pessoal lá.
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Sobre o Big Beach Boutique
O evento será realizado pela primeira vez no Brasil, na Barra Sul, em Balneário Camboriú. Esta será a única apresentação do projeto no país ao ar livre e à beira-mar, ou seja, nos mesmos moldes da tradicional versão inglesa. O espaço será montado no formato de arena e contará com três áreas: pista, camarotes e backstage. Os ingressos estão à venda no site ingressonacional.com.br.
Agende-se
O quê: Fatboy Slim – Big Beach Boutique
Quando: hoje, a partir das 17h
Onde: Barra Sul, Balneário Camboriú, Santa Catarina
Quanto: pista, a partir de R$ 120 (feminino) e R$ 160 (masculino); camarote, R$ 300 (feminino), camarote masculino esgotado; backstage R$ 300 (feminino) e R$ 350 (masculino),em www.ingressonacional.com.br.
Mais informações: (47) 3360-8097
Indicação: 18 anos