O termo “fascista” subiu mais de 1.000% nas buscas do Google durante a entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Jornal Nacional, na última quinta-feira (25). Isso porque o candidato disse que uma parcela do agronegócio é “fascista e direitista”.
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De acordo o dicionário, o fascismo se refere a tendências autoritárias e/ou ditatoriais. O contexto histórico dessa palavra surgiu na Itália, em 1922, no regime político de Benito Mussolini, que se baseou na opressão, violência e censura, caracterizando-se por ser um governo antidemocrático e ditatorial.
Desde então, o termo fascismo serve para se referenciar ao que é considerado autoritário.
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Para o pesquisador e professor associado do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Tiago Losso, o termo fascismo é utilizado atualmente de forma indiscriminada e acaba sendo um facilitador para convencer a audiência de que está sendo tratado de algo que deva ser combatido.
— Acaba virando um slogan, que ao mesmo tempo que pode ser útil, vulgariza o termo ao ponto de perder o contato com o contexto histórico que ele possuiu — diz o professor de Ciência Política e História, com ênfase em História das Ideias
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Losso também relata que, da mesma forma que o termo fascismo está sendo usando de maneira indiscriminada, o termo comunismo também está sendo usado sem moderação.
— Não gosto destes termos porque vira uma forma de desqualificar, ou marcar uma diferença, mas não nos ajuda a entender a situação — finaliza o professor.
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