A madrugada de quarta para quinta-feira vai reunir seguidores dos dois lados da Força nos cinemas de Santa Catarina. A tão aguardada estreia do sétimo episódio da saga Star Wars – O Despertar da Força marca o início da terceira trilogia da série – a primeira produzida pela Disney depois da compra da produtora Lucasfilm, de George Lucas.
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O filme é ambientado 30 anos depois do episódio VI, O Retorno de Jedi, que chegou aos cinemas em 1983. Para quem não entende a sequência da saga: os três primeiros, entre as décadas de 70 e 80, são os episódios IV, V e VI. Já a trilogia lançada no começo dos anos 2000, com os episódios I, II e III, mostra a história que acontece antes do primeiro filme lançado.

Entre os fanáticos pela franquia, é difícil encontrar quem não tenha uma história especial para contar sobre sua relação com a série. O publicitário Eduardo Lewandowski, de 26 anos, assistiu à primeira trilogia ainda na infância, aos oito anos, junto com um vizinho mais velho que havia alugado as fitas. Em 2002, quando foi lançado o segundo episódio, descobriu o fã clube Conselho Jedi em Porto Alegre, onde morava, e passou a acompanhar a saga e o universo expandido (como é chamado é o conjunto de histórias oficialmente licenciadas que não foram mostradas nos filmes) mais de perto.
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— Até hoje sou conhecido como Jedi. Inclusive, tive que pedir para o Facebook deixar eu usar o apelido no meu perfil. Eles não deixam, por causa do direito autoral. Mandei e-mail e expliquei que era chamado assim entre amigos e até no trabalho, e depois de um tempo eles autorizaram — conta ele, que convidou o vizinho que o apresentou à saga para vir de Porto Alegre especialmente para assistirem ao novo filme juntos.
A mestranda em literatura Ana Luiza Leite Bado, de 24 anos, também lembra de ter assistido aos episódios IV, V e VI em casa, pois os pais são fãs de ficção científica e gostavam da saga. Mas quando os novos filmes foram lançados, foi ela que insistiu para ir no cinema – ela chegou a assistir à A Vingança dos Sith, por exemplo, oito vezes no cinema.
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— Guardo todos os ingressos, e já tive até pesadelos que tinha perdido as entradas para a estreia do episódio VII. Também coleciono Lego do Star Wars, quadrinhos, livros e este ano eu finalmente fiz a tatuagem (ela tem a Estrela da Morte estampada no ombro esquerdo).

O que mais a atraiu na série foi, inicialmente, o visual e os famosos efeitos sonoros que marcaram o cinema.
— Depois, comecei a entender melhor e gostei de toda a filosofia por trás, como a questão do bem e do mal e relação entre pai e filho. Estou ansiosa para ver a retomada da parte boa da trilogia clássica, como o retorno dos personagens Hans Solo e Luke Skywalker. Acho que vai ser bem marcante. Eu espero pelo encontro entre Luke e Kylo Ren (vilão do sétimo episódio). Se a teoria do Kylo ser filho da Princesa Leia se confirmar, será a batalha do século — acredita.
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Fã-clube reúne maníacos
Para unir os fanáticos pela saga, foi criado em março deste ano o Conselho Jedi SC, fã-clube que já existe em outros estados do Brasil. Por aqui, tem coordenadoria em cada uma das cinco principais regiões do Estado. Algumas preparam ações especiais para a noite de estreia do filme. Em Blumenau, por exemplo, o Conselho fez uma parceria com o Cinépolis do Norte Shopping e haverá sorteio de brindes para quem for na sessão da meia-noite. Alguns cinemas também oferecem promoções para os fãs. No Cinesystem do Iguatemi, em Florianópolis, os 20 primeiros que chegarem fantasiados à pré-estreia ganharão um vale estacionamento de R$ 20,00, pipoca e refrigerante para assistir ao filme. No mesmo cinema, o Conselho vai realizar um quiz sobre a saga às 23h, com brindes para quem acertar as respostas.
Pedro Paulo Toledo, coordenador do Conselho Jedi SC para a região do Vale do Itajaí, espera que o novo episódio retome a qualidade narrativa dos primeiros filmes lançados. Mas ele acredita que, apesar das críticas, os novos ajudaram a popularizar Star Wars e o importante é deixar a Força despertar em todos e curtir do jeito que quiser.
— O trailer movimentou a paixão pela saga. Os filmes da trilogia clássica foram uma grande inovação na época. Já nos novos senti falta da história, tinham muitos efeitos especiais. A gente também espera que as pessoas vejam o novo episódio e entendam tudo, mesmo que não acompanhem as histórias do universo expandido — comenta.
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— Acho que a direção de J. J. Abrams vai botar os outros filmes no chinelo. George Lucas é um ótimo criador, mas péssimo diretor. Acho que vai ser uma baita obra — espera Eduardo.