A farmácia de manipulação Anna Terra, de Santa Bárbara D’Oeste, na qual o nadador Cesar Cielo mandou fazer o suplemento que resultou em exame positivo para doping, negou ter assumido a culpa pela contaminação das cápsulas ingeridas pelo campeão olímpico dos 50 metros livre.

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Cielo, Henrique Barbosa, Nicholas Santos e Vinícius Waked foram flagrados no exame antidoping pelo uso da substância Furosemida, um diurético na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping. Os exames foram realizados no Troféu Maria Lenk, em maio.

Em reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo, o consultor Reginaldo Lante negou que a farmácia tenha confirmado “contaminação cruzada” na fórmula do suplemento. A versão da farmácia é contrária ao que disse Sandra Soldan, diretora-adjunta de doping da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), que puniu os quatro com uma advertência.

Segundo Soldan, a farmácia teria admitido a culpa em documento que foi anexado à defesa dos nadadores e apresentado no painel que julgou os quatro. A médica e triatleta afirmou que a farmácia não adotou os procedimentos corretos para a limpeza na bancada de manipulação na hora de preparar a fórmula, o que foi contestado por Reginaldo Lante.

– As manipulações foram feitas em cabines separadas e isoladas. Os tabuleiros são higienizados após o uso. E não usamos um tabuleiro para duas fórmulas no mesmo dia – afirmou Lante.

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