A guerrilha comunista das Farc propôs nesta terça-feira adiar por um ano as eleições de 2014 na Colômbia, o que foi rejeitado de imediato pela delegação do governo de Juan Manuel Santos na retomada das negociações de paz em Havana.

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– Vamos abrir um debate nacional sobre a urgência e a conveniência de adiar o calendário eleitoral por um ano (…). Consideramos que é preciso colocar o interesse coletivo da paz à frente de qualquer outra circunstância que atrapalhe o objetivo do que nos convocou a Havana – disse à imprensa o chefe negociador da guerrilha, Iván Márquez.

Para adiar as eleições – o que implicaria estender o mandato do presidente Santos e dos legisladores – seria preciso convocar uma Assembleia Constituinte, algo contemplado no artigo 376 da carta magna colombiana.

No entanto, o chefe negociador do governo, Humberto de la Calle, rejeitou de forma categórica esta proposta:

– Isto não vai (acontecer), uma Constituinte não. Não devemos nos distrair em propostas que pouco contribuem para a clareza, como ocorre com a suposta prolongação do período dos eleitos – declarou De La Calle à imprensa antes do início das negociações a portas fechadas no Palácio das Convenções em Havana.

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