Autoridades na Colômbia do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e de Medicina Legal se reuniram nesta quarta-feira, em Havana, com representantes do governo e da guerrilha das Farc para “avançar na implementação” do pacto sobre desaparecidos, informou a delegação do governo.
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O objetivo do encontro foi “avançar na implementação do acordo sobre medidas imediatas humanitárias de busca, localização, identificação e entrega digna dos restos de pessoas dadas por desaparecidas no contexto e em razão do conflito armado”, destacou a delegação do governo, em nota enviada à imprensa em Havana.
Participaram do encontro o chefe da delegação do CICV na Colômbia, Christoph Harnisch, e o diretor do Instituto de Medicina Legal do país, Carlos Eduardo Valdés, assim como representantes de Cuba e Noruega, países garantidores do processo de paz para a Colômbia, que começou há quase três anos em Havana, e da Venezuela e do Chile (acompanhantes).
O governo e a guerrilha assinaram em 18 de outubro o acordo para a “busca, localização, identificação e entrega digna dos restos [mortais]” de desaparecidos no conflito armado colombiano, que segundo estimativas seriam 51.000.
O pacto, no qual as partes também acordaram criar uma unidade que se dedicará a esta tarefa, com o apoio do CICV e do Instituto dirigido por Valdés, seguiu-se ao histórico compromisso anunciado em 23 de setembro pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e pelo líder máximo das Farc, Timoleón Jiménez (Timochenko), de assinar um acordo de paz antes de 23 de março de 2016.
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Enquanto isso, um grupo de empresários colombianos chegou na quarta-feira a Havana para celebrar encontros com os negociadores de paz do governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O objetivo destas reuniões é “analisar os desafios do pós-conflito”, destacou o governo colombiano em um comunicado.
Integram esta delegação os presidentes das empresas Promigás, Antonio Celia; do Grupo Sura, David Bojanini; do Bancolombia, Carlos Raúl Yepes; do Grupo Manuelita, Harold Eder; da Alquería, Carlos Enrique Cavelier; da Junta Diretiva de Carvajal, Gustavo Carvajal, da Nutresa, Carlos Gallego, e pelo reitor da Universidade de EAFIT, Juan Luis Mejía.
* AFP