A guerrilha das Farc e o governo da Colômbia concordaram, nesta sexta-feira, em acelerar as negociações de paz iniciadas em Cuba em 2012, com o objetivo de selar, nos próximos meses, o fim de um dos conflitos armados mais prolongados do mundo.
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Em um comunicado conjunto, as partes anunciaram mudanças no procedimento dos diálogos, buscando concretizar um acordo final. A assinatura do documento deve acontecer em 23 de março.
“Tomamos algumas decisões que facilitam a criação de um cenário de encerramento”, afirmaram, em um comunicado divulgado em Havana.
De agora em diante, vai operar uma “comissão executiva” das Farc e do governo para “facilitar as aproximações no âmbito estratégico, tomar as decisões que possibilitem agilizar a redação de acordos e supervisionar o trabalho das delegações”, acrescentaram.
Ainda assim, comprometeram-se com tratar, de maneira simultânea, os dois últimos pontos em discussão – desarmamento da guerrilha e fim do confronto armado e a forma de referendar os acordos -, além das exceções pendentes nos outros temas.
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As Farc e o governo concluíram quatro dos seis pontos da negociação: o problema agrário (origem do confronto), o cultivo e tráfico de drogas ilegais, o apoio às vítimas e a participação política dos guerrilheiros uma vez que deponham as armas.
Com as mudanças de procedimento anunciadas nesta sexta-feira, as representações de ambos os lados “trabalharão de maneira contínua, estendendo os tempos de permanência da delegação do governo em Havana”, de acordo com a mensagem conjunta.
“Esperamos que estas primeiras decisões do ano nos permitam concluir o acordo final para o fim do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura”, concluíram.
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