Em uma carta publicada em Havana, as Farc indicaram neste domingo à Frente Ampla pela Paz, que verifica a trégua unilateral decretada em 20 de julho, as ações militares que colocam o cessar-fogo em risco.
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“Solicitamos agendar uma reunião urgente com vocês, organizações observadoras desse cessar-fogo em Havana, com a maior urgência do caso”, pediu as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em uma mensagem publicada na página pazfarc-ep.org.
“O último mês foi marcado pela crescente militarização de todos os territórios da geografia nacional”, disse.
A mensagem afirma que “em Cauca, Córdoba, Chocó, Antioquia, Tolima, Nariño, Valle, Meta, Guaviare, Caquetá e Putumayo se vê o aumento da presença de unidades das Forças Militares nas zonas rurais”.
De acordo com o texto, também houve “operações militares na Cordilheira Ocidental na zona rural dos municípios de Buenos Aires, Suárez, Morales e Cajibío (Cauca) e Jamundí (Valle del Cauca)” e uma emboscada a seus membros em El Tiver, no departamento de Tolima, que teria resultado em um confronto de mais de 20 minutos, com um guerrilheiro e dois soldados mortos.
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Além disso, as Farc dizem que em 28 de outubro de 2015 uma unidade guerrilheira do Bloco Sul na zona rural do municipio de Cartagena del Chairá – Caquetá foi invadida, resultando na morte de quatro integrantes e na prisão de duas guerrilheiras”.
As Farc advertem que “todas essas ações afetam a confiança entre as partes e dificultam o caminho traçado a uma pronta culminação das negociações de Havana iniciadas em novembro de 2012”. “A trégua unilateral está em risco. É preciso salvar a paz”, concluiu.
No sábado, a guerrilha convocou aos países envolvidos – Cuba, Noruega, Venezuela e Chile – no processo de paz para colocá-los da situação.
As Farc também convidaram o enviado especial do governo dos Estados Unidos, Bernard Aronson, ao comissionado do governo alemão Tom Koenigs e o enviado especial da União Europea, Eamon Gilmore.
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* AFP