As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) confirmaram nesta segunda-feira ter iniciado contatos com o governo do presidente Juan Manuel Santos em busca de um acordo de paz.
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O acordo tem dois pontos principais: a reforma agrária a ser promovida pelo governo e o abandono dar armas por parte dos atuais guerrilheiros, que passariam a integrar a vida institucional.
As Farc são a guerrilha mais antiga da América Latina, com 48 anos de luta armada. Foram fundadas em 1964 por pouco mais de 20 camponeses liberais marcados pelo período que ficou conhecido como “La Violencia”, iniciado pelo assassinato, em 1948, do líder do Partido Liberal, Jorge Eliécer Gaitán.
Esse período, caracterizados por crimes e massacres entre liberais e conservadores, se estendeu até meados dos anos 1950.
O grupo abraçou posteriormente o marxismo sob a liderança de Pedro Antonio Marín, mais conhecido como Manuel Marulanda Vélez – o Tirofijo, como é popularmente conhecido.
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Na década de 1980, as Farc chegaram a contar com de 17 mil a 20 mil integrantes em 108 frentes mobilizadas em quase todo o país, inclusive na periferia de Bogotá.
Rodrigo Londoño, conhecido como Timoleón Jiménez ou Timochenko, o atual comandante máximo das Farc, que decidiu iniciar o diálogo de paz com o governo colombiano, se destaca por ser o membro mais jovem da cúpula dessa guerrilha marxista.