A guerrilha comunista Farc anunciou a captura do jornalista francês Romeo Langlois, disse à AFP um alto oficial colombiano, ao confirmar que a mensagem recebida pela imprensa local é autêntica.
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– Estes terroristas mandaram para emissoras locais uma mensagem que teve a sua autenticidade confirmada. Nessa mensagem, admitem que têm Romeo Langlois, da rede de televisão France 24 – disse o general Javier Rey, comandante da Aviação do Exército.
As autoridades colombianas buscam há cinco dias o jornalista, de 35 anos, que está em poder da guerrilha comunista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em algum ponto da região de Caquetá (sul), perto da selva amazônica.
A mensagem foi assinada pelo “Estado Maior da Frente 15” das Farc, uma unidade regional formada por cerca de 300 guerrilheiros que seriam apoiados adicionalmente por cerca de 2.000 milicianos, segundo o general Rey.
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“A frente 15 informa a opinião pública que o jornalista francês, usando vestimentas militares, capturado em pleno combate, está em nossas mãos, é prisioneiro de guerra”, disse o comunicado recebido pela AFP do alto oficial. Langlois “está levemente ferido no braço e recebeu atendimento médico. Está fora de perigo”, completa a mensagem. Mas o general rejeitou a versão de que Langlois encontra-se fora de perigo.
– Nessa selva úmida, um ferimento assim pode infeccionar. Ele tem que ser levado imediatamente a um hospital – afirmou.
Sobre a versão de que o jornalista usava uniforme militar, o general Rey insistiu que “demos a ele um colete à prova de balas e um capacete, que ele tirou quando se entregou” aos guerrilheiros em 28 de abril, em meio a um combate entre as Farc e a patrulha militar com a qual Langlois se deslocava.
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– Não é um militar, mas um jornalista que estava fazendo seu trabalho. Portanto, é protegido como civil pela Convenção Internacional de Genebra – completou o general.
O jornalista trabalhava em uma reportagem sobre operações antidrogas em Caquetá, quando a patrulha que acompanhava foi atacada. No confronto, morreram quatro militares e outros oito ficaram feridos.