Semana cheia, mais trabalho e mais cobrança

Finalmente o técnico Vinicius Eutrópio está com a semana livre para trabalhar a equipe, achar as escolhas certas e desenvolver o jogo do Figueirense. O treinador tem agora boas opções para montar o melhor time. Mas tudo passa também pela escolha da melhor forma de escalar estes jogadores e suas características. Há brigas interessantes. Carlos Alberto e Bady podem jogar juntos, mas tem que haver uma mudança no esquema tático. Ortega chega como uma nova opção. No ataque, Dudu, Ermel, Éverton Santos e Dodô brigam por uma ou duas vagas para fechar o setor com Rafael Moura. Entre os volantes, Elicarlos e Ferrugem devem formar a dupla ideal. Mas há o outro lado da moeda também: a partir de agora não vai caber mais a desculpa de que há um jogo em cima do outra. A partir de agora Eutrópio vai ser cobrado por evolução do jogo do time. Ouça o comentário:

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A saída de Antônio Carlos

Quando um atleta pede pra ir embora, não há como segurar. É deixar ir! Mas quando um jogador pede pra ir embora menos de um mês depois de chegar, algo está errado. Quando é um atleta do porte do zagueiro Antônio Carlos, que chegou para ser referência da defesa e do time e tinha totais condições pra isto, além de algo estar errado, a repercussão passa a ser muito negativa para o clube.

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A versão oficial é que Antônio Carlos estava se sentido culpado pelo mau momento do time. Mas é difícil acreditar que seja somente isto. Afinal, o zagueiro já viveu pressões bem maiores em clubes de massa do país, como Fluminense e São Paulo. Talvez seja mais realidade que Antônio Carlos tenha se frustrado com a escolha que fez e com o que encontrou no Avaí atual, um time cheio de garotos, com muitas dificuldades. Talvez ele esteja frustrado com a projeção para temporada, numa perspectiva de quem analisa o que escolheu para a carreira. De qualquer forma, a saída dele é um duro golpe, mais um a ser administrado no momento.

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Os novos Pelés

Entre uma e outra apuração de fatos na Ressacada, ouvi que realmente tem muito garoto deslumbrado com elogios e com o que fez no primeiro turno do Estadual. Jogador jovem que não quer mais ouvir orientação e até cobrança. No popular, achando que já é sem nunca ter sido de verdade. Ou alguém é alguém na carreira porque fez um turno de estadual bom? Não, né?! Esta é uma das razões porque o tombo está vindo agora. Veio rápido e tomara que sirva de lição.

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Confira as últimas do Ivens no blog Paixão Alvinegra

O futebol reflete muito a sociedade. E a sociedade atual está cheia de gente que acha que é sem nunca ter feito muito – é o ¿ser¿ e não o ¿fazer, fazer, fazer¿. É numa hora como esta que todos os elogios caem, porque garoto que está começando a carreira assim não vai muito longe. Talvez os Pelés da última hora, com este comportamento, façam um passeio na esquina numa tarde ensolarada de verão. Não muito mais.