A cada dia se tem notícia de famosos reinfectados por Covid-19. A reinfecção tem feito com que muitos deles fiquem assintomáticos e outros desenvolvam a Covid-19 em sua forma mais leve. Há também celebridades com quadros graves, como Luciano Szafir, que precisou de internação.

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Passados quase dois anos da primeira notificação de infecção pelo novo Coronavírus, os casos de reinfecções pelo Sars-CoV-2 ainda são tema de muita controvérsia. Algo bem natural se levado em conta que se trata de uma doença relativamente nova.

O que é reinfecção

Há pesquisas e estudos em andamento sobre o tema. A reinfecção pelo novo Coronavírus continua sendo um assunto que impõe muito debate. Para se ter uma ideia, até meados de abril deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil confirmou apenas oito casos de reinfecção.

Já segundo o Instituto Nacional de Saúde Pública da Holanda, que controla a contagem de reinfecções em âmbito global, houve apenas 69 casos confirmados no mundo, com duas mortes. Então, muitas vezes as pessoas imaginam que se reinfectaram, mas isso não se comprova na prática.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a reinfecção só é comprovada quando uma pessoa tem exame PCR positivo pelo menos depois de três meses do primeiro diagnóstico. É preciso, nesse caso, excluir a possibilidade de outros vírus e fazer sequenciamento genético, tanto da primeira, quanto da segunda amostra.

No Brasil, são poucos os lugares que fazem esse tipo de teste que mostra a composição genética de cada vírus. Portanto, não é muito fácil comprovar.

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Pesquisa brasileira

Por outro lado, uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Instituto D’OR de Ensino e Pesquisa Indor) mostra que a reinfecção de pessoas que contraíram a Covid-19 e ficaram assintomáticas ou tiveram sintomas leves é possível, sim, de ocorrer.

Mesmo que não tenham sido contaminadas por uma das novas cepas do vírus. É bom lembrar que o estudo é uma amostra pré-publicada. Isso quer dizer que ainda não foi revisada por outros pesquisadores da área. Falta ainda um olhar independente.

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O método de sequenciamento genético desenvolvido mostrou que em quatro casos avaliados, a primeira infecção se deu com sintomas brandos. Na segunda, os sintomas foram mais frequentes e mais fortes, mas não demandaram hospitalização.

A pesquisa acompanhou semanalmente um grupo de 30 pessoas, de março de 2020, bem no início da pandemia, até o fim do ano. Destas, quatro contraíram o Sars-CoV-2, sendo que algumas foram infectadas pela mesma variante.

Os pesquisadores, então, sequenciaram o genoma do vírus no caso da primeira infecção e depois na segunda para poder compará-los. Eles observaram que a imunidade só foi detectável depois da segunda infecção.

Isso leva a crer que para uma parte da população que teve a doença de forma branda não basta uma exposição ao vírus. E sim mais de uma, para ter um grau de imunidade.

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Indo nessa direção, há chances de uma terceira infecção? De acordo com a pesquisa, uma pessoa poderia ficar vulnerável a uma nova reinfecção ou mesmo a contrair uma variante diferente.

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Vacinados podem se reinfectar?

Sim, quem já se vacinou com uma ou duas doses, ou seja, está com a imunização completa, pode se infectar ou se reinfectar. Especialistas atestam que os vacinados podem não só transmitir o vírus, como também ter sintomas leves, adoecer e até morrer.

O fato é que não há uma vacina 100% eficaz. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), como há milhares de novos casos registrados todos os dias e o ritmo de imunização com as duas doses é lento, é esperado que ocorra, cada vez mais, casos de infecção em vacinados também.

É importante mencionar que cada vacina tem orientações específicas. Mas, geralmente, a resposta imunológica protetora ocorre de 10 a 20 dias após a aplicação da segunda dose.

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Outro aspecto fundamental que precisa ser exaustivamente relembrado é de que as vacinas não causam a doença. O vírus utilizado na produção das vacinas é inativado, não está vivo. Desta forma, é impossível que uma pessoa se infecte com o novo coronavírus em razão da vacina.

Há consenso de que, para que os casos de infecção e reinfecção caiam drasticamente, o percentual de vacinados tem que ser superior a 75% da população.

Por isso, é preciso que, mesmo os vacinados que já cumpriram o ciclo da imunização continuem se cuidando, com distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos com álcool em gel.

A contenção da pandemia exige esforço coletivo e conscientização de cada indivíduo. E que o governo faça sua parte promovendo a vacinação rápida de mais e mais num ritmo mais acelerado.

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Quem são os famosos reinfectados por Covid-19

A reincidência da Covid-19 se tornou uma preocupação com as variantes do Sars-CoV-2, mesmo entre os que já tomaram as duas doses da vacina. Os casos não são raros e entre os famosos, há alguns exemplos. Atores, personalidades do mundo esportivo, cantor e modelo. Confira abaixo quem passou pelo drama da reinfecção:

Luciano Szafir

Ator e pai de Sasha Meneghel, filha da Xuxa Meneghel

O caso de Luciano é o mais emblemático entre os famosos, justamente pela sua gravidade. Ele já havia testado positivo pela primeira vez em fevereiro de 2021.

A reinfecção acometeu o ator na forma mais grave. E o levou à internação, UTI e até à intubação. “Não dá pra descrever. Não dá para descrever o quão próximo… Eu achei que eu ia embora. O intubar foi a pior coisa da minha vida. Lembro que falei: não sei se saio daqui”, disse o ator.

Luisa Mell

Apresentadora e ativista dos direitos dos animais

Luisa Mell não consguia sair da cama
Luisa Mell não consguia sair da cama (Foto: Reprodução/ Rede Social)

Foi infectada no início da pandemia, em março de 2020. Voltou a testar positivo em maio de 2021. “Não consigo sair da cama. Essa doença é um horror”, manifestou.

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Fani Pacheco

Modelo e ex-BBB, a estudante de medicina e estagiando em um hospital no Rio de Janeiro, Fani descobriu que estava com o novo Cororavírus pela segunda vez. A primeira havia sido em 2020.

Na época, os sintomas específicos da doença se apresentaram mais fortes. Desta vez, ela só desconfiou da reinfecção quando queimou um alimento que cozinhava e não sentiu o cheiro.

Cristiano Ronaldo

Jogador de futebol de Portugal, atualmente defende o clube italiano Juventus.

O jogador Cristiano Ronaldo foi assintomático
O jogador Cristiano Ronaldo foi assintomático (Foto: Reprodução)

Cristiano Ronaldo também pegou a doença duas vezes. Ao contrário de sua irmã, que teve algumas complicações por conta da Covid-19, o atacante esteve completamente assintomático.

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Em meio ao diagnóstico, o português foi alvo de críticas do ministro italiano dos esportes, que afirmou que o jogador violou os protocolos sanitários contra a Covid-19.

Zé Felipe

O cantor e filho do sertanejo Leonardo testou positivo para a doença duas vezes, com sintomas bem brandos.

“Isso que a galera está falando que não pega duas vezes é mentira viu, gente? Teve um caso no Brasil confirmado de reinfecção. Eu conheço uns três que pegaram duas vezes. Não vai achando que você pegou e está imune, não. Esse trem ninguém conhece”, comentou o cantor.

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Vanderlei Luxemburgo 

Treinador de futebol, atualmente sem clube. Em julho de 2020, quando treinava o Palmeiras, ele teve a doença na forma assintomática e se recuperou em casa.

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Em dezembro do mesmo ano, o técnico testou positivo para Covid-19 mais uma vez e chegou a ser internado por 11 dias para tratar a doença. “Estou indo para casa. Recebi alta, graças a Deus. Passei por essa. Vencemos o vírus. Vara de marmelo enverga mas não quebra”, disse Luxemburgo.

Paulo Dybala 

Jogador de futebol argentino. Defende o Juventus, mesmo time do Cristiano Ronaldo. Ele já foi infectado quatro vezes, sendo que o último teste realizado pelo atleta detectou uma carga viral baixa no organismo, o que significa dizer que ficou assintomático.

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Pandemia no Brasil

A Covid-19 é uma doença respiratória causada pelo novo Coronavírus. Trata-se de uma família de vírus conhecida desde os anos 1960. Eles causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Entre os principais sintomas estão:

Febre que não passa com remédio;

Tosse seca ou com secreção;

Dificuldade para respirar;

Fadiga;

Dor articular;

Arrepios;

Náusea ou vômito;

Nariz entupido;

Tosse com sangue;

Olhos inchados;

Perda de olfato e/ou paladar;

Dores na caixa torácica;

Problemas de pele como urticária ou frieira nos dedos dos pés;

Problemas neurológicos.

Esses sintomas são normalmente leves e podem progredir. Muitas pessoas infectadas não desenvolvem os sintomas nem se sentem mal. Cerca de 80% dos casos se recuperam sem tratamento especial. No entanto, 1 em cada 6 casos podem evoluir para situação grave.

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Números de casos, mortes e vacinados

De acordo com o consórcio de imprensa, o Brasil já registrou aproximadamente 20 milhões de casos confirmados de Covid-19, do início da pandemia até 27 de julho. Nesse período, o país convive com a triste marca de mais de 553 mil óbitos.

Olhando para o índice de vacinação, cerca de 19% da população está totalmente imunizada. Enquanto a maioria dos brasileiros não for vacinada, é primordial continuar adotando todos os cuidados. Especialmente, mantendo o distanciamento social, usando máscaras e álcool em gel e lavando as mãos frequentemente com água e sabonete.

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