A investigação para descobrir o que causou a explosão de uma casa em Jurerê, no Norte da Ilha de Santa Catarina, na manhã de terça-feira (25), continua um dia após o acidente que deixou uma pessoa morta. Enquanto isso, os moradores que ficaram desalojados em Florianópolis seguem se recuperando do choque e buscando alternativas de locais para residirem.
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Ao todo, a prefeitura de Florianópolis localizou 11 desalojados. Sendo que sete deles foram para o hotel credenciado do município na terça-feira. Os demais estão em casas de amigos e parentes. Nesta quarta-feira (26), a prefeitura informou que apenas duas pessoas optaram por ficar no hotel disponibilizado.
Alisson Bastos, 25 anos, que teve o seu apartamento destruído devido ao impacto da explosão, conta que a vida está de cabeça para baixo. Ele aceitou a ajuda da prefeitura e está provisoriamente morando em um hotel. O município ainda disponibilizou transporte e alimentação.
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Alisson afirma que não voltou ao trabalho e está em choque com tudo o que aconteceu. O jovem ainda não sabe onde vai morar e está tentando recuperar as roupas e eletrodomésticos que ficaram no apartamento destruído.
— A gente não vai poder mais morar lá porque foi totalmente comprometido. Eu vou lá tentar tirar eletrodomésticos e roupa. A gente locava com os móveis deles. Eu vou lá ver o que sobrou e ver se eles deixam a gente retirar algo. Vou falar com o proprietário pessoalmente hoje. Daí vou ter que ver como faço para alugar outro lugar — explica.
Mariana Bernadina, 39 anos, morava com o marido Dário José em uma das quitinetes e viu o apartamento ser destruído. Ela conta que o casal está na casa dos filhos do esposo e que vai ficar lá até arrumar outro lugar para morar.
— O proprietário ainda não comentou sobre o que fazer com a gente. Vamos buscar algumas coisas que sobraram. O mais importante é a vida, o resto adquirimos ao passar do tempo — fala Mariana.
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Na terça, pouco depois da explosão, Dário José revelou ao Hora de Santa Catarina o susto vivido:
— Quando escutamos eu estava dormindo, quieto. De repente, veio aquele barulho de explosão e só vimos portas e janelas voando, vidros estilhaçando, só sei que quebrou televisão, quebrou tudo dentro de casa.
O representante do proprietário do imóvel que explodiu, Dr. Rubens Cabral Faria Junior, diz que eles entrarão em contato com todos os inquilinos para resolver individualmente cada caso:
— Nós estamos na expectativa desse laudo aguardando para saber qual foi a origem do problema. Agora a preocupação maior é tratar diretamente com todos os inquilinos para que nenhum fique no prejuízo porque muitos tiveram perdas materiais. E também para realocá-los porque com a interdição por parte da Defesa Civil eles não vão poder ficar em suas locações.
O advogado também afirma que o proprietário quer amparar e ajudar a filha da vítima fatal.
Apartamentos interditados
Os apartamentos que sofreram impactos com a explosão continuam interditados até que o proprietário apresente um projeto de reforma emergencial, segundo a Defesa Civil de Florianópolis. O agente Alexandre Vieira explicou que é preciso retirar uma parede inclinada e ajustar uma laje. Enquanto isso, a residência segue interditada, assim como a casa vizinha.
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— Esse projeto emergencial é para poder reestabelecer a segurança do local e minimizar os riscos. Eu pedi para que o representante do proprietário entrasse em contato comigo hoje para conversar — conta Alexandre.
O Corpo de Bombeiros afirma que a edificação é irregular e que não tem o Habite-se, nem o atestado de funcionamento do Corpo de Bombeiros.
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O representante do proprietário justifica que a obra tem mais de 20 anos e que nunca houve problemas de estrutura. Além disso, Rubens afirma não saber informar sobre a regularização da construção.
— A obra não ruiu. Houve algum evento muito importante que fez com que a obra desmoronasse. Não é uma construção com defeito, se trata de uma explosão muito forte — justificou.
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Investigação
A perícia técnica do Instituto Geral de Perícias (IGP) foi acionada na manhã de quarta-feira (26). O IGP irá fazer um laudo para encaminhar à delegacia que solicitou os exames. Não há previsão para a finalização do laudo.
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A Defesa Civil informou que só pode mexer nos escombros após a perícia do IGP. Enquanto a investigação no local não é finalizada, a via pública que dá acesso a residências vizinhas continua interditada, bem como as construções atingidas pela explosão. A prefeitura já está organizada para retirar os escombros, mas aguarda autorização.
O IGP informou que o lugar precisa ser mantido como está até a chegada da perícia e depois da saída das equipes do instituto fica a critério da delegacia liberar o local.
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