Na manhã desta sexta-feira, as últimas famílias que estavam em área de risco foram removidas do Morro da Mariquinha, em Florianópolis. No total, foram interditadas seis casas, em que viviam dez famílias. A ação conjunta da Prefeitura, Guarda Municipal e Defesa Civil correu com tranquilidade, pois os moradores foram avisados com antecedência e puderam providenciar suas mudanças.
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Todos serão beneficiados com o aluguel social. Até as 11h, a Defesa Civil aguardava somente a chegada do morador de uma das residências que não estava em casa para concluir os traballhos.
A vigililante Fernanda Cristina Cota vivia em uma das casas e conta que entende a situação, mas fica triste por ter que sair do local onde nasceu.
– Passei a vida toda nesta rua, conheço toda a vizinhança. Minha mãe que tem mais idade está muito abalada – conta.
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A mudança foi feita no último sábado. Elas conseguiram alugar uma casa no próprio morro.
Outra moradora de um dos locais interditadas, Marciane de Oliveira, estava acompanhando a remoção. Na casa dela viviam 10 pessoas, em quatro quitinetes.

Foto: Caio Marcelo/ Agência RBS
– Minha filha de cinco anos está sentido bastante, pois já era acostumada. A casa que aluguei é inferior, por isso espero que as obras comecem logo para podermos voltar – diz.
Entenda o caso
No final de 2011, uma pedra de 200 toneladas rolou do alto do Morro da Mariquinha, causando a morte de uma senhora de 65 anos e atigindo três residências. Na época, a prefeitura contratou uma empresa para fazer um estudo do terreno e concluiu que houve um fênomeno raro chamado de desplacamento.
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O presidente da Associação dos Moradores do Morro da Mariquinha, Marcelo Ferreira, que perdeu a mãe na tragédia, diz que até agora estão batalhando por recursos para as obras de contenção.
– Queremos evitar que mais famílias precisem sair, arrumar uma solução antes que o problema piore a atinja mais pessoas – finaliza.