Pouco mais de 50 famílias de Blumenau, das transversais das ruas Antônio Zendron, no Valparaíso; e Araranguá, no Distrito do Garcia, serão as primeiras a saber se poderão ou não retornar ao lar, abandonado após a enxurrada de novembro. Os laudos emitidos por especialistas em Geologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) já estão com o município e indicam que um terço terá a casa interditada para sempre.

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Porém, a entrega do documento aos donos dos terrenos, prevista para iniciar na semana passada, teve que ser adiada. A nova data não foi definida. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Blumenau, general Jairo César Nass, a prefeitura precisa esclarecer algumas avaliações com os geólogos.

– Precisamos saber se terrenos avaliados como tendo risco geológico poderão ser reocupados, desde que seja feita alguma obra de reparo, e qual é a obra mais indicada.

Nesta semana, geólogos da UFSC estarão em Blumenau para conversar com a equipe da Defesa Civil. O trabalho de levantamento das áreas de risco e confecção dos laudos não têm data para acabar. Nass adiantou que, entre os dois terços de famílias que poderão voltar para casa, em alguns casos o dono terá de investir em obra de contenção ou drenagem para reocupar o local com segurança.

Os laudos serão entregues pela prefeitura exclusivamente aos donos das casas, na Central de Atendimento que está sendo estruturada no prédio número 44 da Rua XV de Novembro. A prefeitura também precisa concluir a instalação de sistema de informática no local.

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Moradores de 79 áreas de risco receberão laudo

Receberão laudos os moradores das 79 áreas de risco previamente determinadas em decreto municipal. A demora na entrega ocorre porque o trabalho dos geólogos é voluntário e as equipes são formadas de acordo com a disponibilidade dos profissionais. Segundo Nass, a prefeitura não dispõe de recursos para contratar os especialistas.

O coordenador da Defesa Civil não soube informar quantas famílias moram nas áreas de risco. As avaliações começaram no fim de março, pela região Sul do município – a mais atingida pela catástrofe de novembro do ano passado.

Antes de receber os laudos, as primeiras 50 famílias participaram de uma reunião com o prefeito João Paulo Kleinübing, que explicou aos moradores a metodologia e a forma de entrega das avaliações.