Famílias do Sul são as mais pessimistas sobre economia do país e finanças em 12 meses

A região Sul é a que tem maior índice de famílias pessimistas sobre a situação econômica do país e a própria situação financeira nos próximos 12 meses. Os números foram apresentados nesta segunda-feira e fazem parte do Índice de Expectativa das Famílias (IEF), divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O IEF como um todo aponta que os brasileiros permanecem otimistas em relação à situação socioeconômica do país, mesmo com o recuo do índice para 63,1 pontos, valor 2,1 pontos inferior ao registrado no mês de agosto. A região Sul obteve uma elevação de 4,3 pontos em relação ao mês anterior e volta a demonstrar índice acima de 60 pontos (63,9), passando de moderadamente otimista para otimista. No entanto, ainda que o índice geral seja positivo, em dois quesitos as famílias do Sul foram as mais pessimistas em setembro.

A expectativa das famílias no que diz respeito à situação econômica do país nos próximos 12 meses aponta que 57,3% delas acreditam que o Brasil passará por melhores momentos. Na direção contrária, o Sul, entre as regiões do Brasil, é a que revela maior índice de famílias com expectativas pessimistas, 43,2%, 5,7 pontos percentuais a mais que as com expectativas otimistas (37,5%). O Centro-Oeste, por outro lado, é a região com maior percentual de famílias otimistas quanto à economia brasileira (84,2%), a taxa mais alta registrada desde a criação do IEF.

No quesito expectativa sobre a própria situação financeira para os próximos 12 meses, 71,9% das famílias brasileiras acredita que o cenário vai melhorar, enquanto 23,7% creem que a perspectiva deve mudar para pior. Entre as regiões, o Norte é a região mais otimista – 92,7% das famílias apontam uma expectativa positiva para o período. Também nesse quesito a região Sul se destaca pelo pessimismo. O estudo aponta que 19,3% das famílias na região acreditam que os próximos 12 meses serão piores, enquanto que 70,3% acreditam que serão melhores. Este é ao mesmo tempo o maior índice de pessimismo e o menor índice de otimismo entre as regiões brasileiras.