O dia 18 de abril de 2010 ainda é o mais trágico na história de quatro famílias catarinenses. O acidente causado por um motorista que invadiu a pista contrária no km 97 da BR-101, num fim de tarde de domingo, na altura de Balneário Piçarras, envolveu seis carros e deixou outras quatro pessoas gravemente feridas.
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As jovens Mariana Falk dos Santos, 19 anos, Janaína da Silva, 24, e Fernanda Germano Turino, 28, morreram na hora. Elas estudavam na Universidade Federal de Santa Catarina e se conheciam por meio de uma rede social.
Voltavam para Joinville graças ao relacionamento de uma comunidade chamada Carona Joinville Florianópolis. Mas não era a primeira vez que viajavam juntas. A Polícia Civil de Balneário Piçarras, que abriu o inquérito logo após o acidente, concluiu que o motorista de uma caminhonete Hilux que trafegava no sentido Sul-Norte, Carlos Roberto Lienstadt, atravessou um canteiro de retorno, invadiu a pista contrária da BR-101 e bateu de frente em dois carros e outros três veículos.
Conforme a Polícia Rodoviária Federal de Barra Velha, o veículo não colidiu, nem freou, antes de invadir a pista contrária. Por isso, consta no boletim de acidente de trânsito da PRF que a colisão teria sido causada por “velocidade incompatível”.
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Na Justiça, há processos distintos tramitando em relação ao acidente. O processo criminal movido pelo Ministério Público de Balneário Piçarras tem audiência marcada para o dia 11 de junho. Na esfera cível, cada família entrou com um processo diferente. Uma das vítimas, José Ademar Fisher, que mora em Brusque, teve uma série de sequelas que estão sendo avaliadas por uma perícia determinada pela Justiça.
Os pais de Janaína, Ademar da Silva e Heleci Peixer da Silva, ganharam o direito a indenização em primeia instância, mas Lienstadt recorreu e o processo está no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Os pais de Mariana também entraram na Justiça, mas ainda não houve audiência. A motorista do outro carro envolvido no acidente, Fernanda Turino, também aguarda pela audiência que está marcada para o dia 22 de julho.
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Para a advogada da família de Mariana, Deisi Angela Moy, as famílias têm sofrido com a tragédia há quatro anos e esperam uma resposta positiva da Justiça.
Um dos advogados de Carlos Roberto, Wilson Pereira, de Joinville, considera que o motorista também foi vítima de um acidente.
– O Carlos Roberto não teve culpa nenhuma. Foi um acidente – disse.