O cenário de medo e angústia presenciado por moradores de Florianópolis na tarde desta segunda-feira (15) depois de terem de sair do prédio onde vivem por risco de colapso na estrutura não vem sendo o único a preocupar famílias no Brasil. Em outro canto do país, situação semelhante é enfrentada pela população de Goiânia, que também precisou evacuar dois edifícios após parte de uma rua afundar e assustar moradores no início desta semana.

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Conforme informações do g1, era madrugada de segunda-feira (15) quando pessoas que residem nos prédios do Setor Marista, em Goiânia, acordaram com um forte barulho. Ao olharem pela janela, viram que parte da Rua 1128 havia desabado.

A via fica em frente a um prédio em construção e, segundo moradores, desde o início da obra no local, diversas rachaduras apareceram nos edifícios.

— Foi assustador, foi assustador. Teve algumas pessoas, como moram no fundo, na parte de trás do prédio, que não ouviram. E aí a gente foi acordar as pessoas — conta a síndica, Andrea Peixoto Gouthier.

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Buraco em via que desabou em Goiânia e prédio em que pessoas foram evacuadas (Foto: Divulgação, Corpo de Bombeiros)

Por conta do susto, famílias dos dois prédios foram para casas de parentes ou para um hotel alugado pela construtora. Nenhum prédio foi interditado pela Defesa Civil, mas os moradores foram orientados a sair por precaução.

Na manhã desta terça-feira (16), o laudo da empresa Opus, responsável pela obra que fica ao lado da rua que desabou em Goiânia, apontou que o segundo prédio evacuado não tem risco para a população. Segundo o documento, o edifício Catas Altas foi verificado e está em plena segurança, conforme informado ao g1.

FOTOS: Apartamento em prédio com risco de queda em Florianópolis custa quase R$ 1 milhão

Já em relação ao primeiro prédio esvaziado, a Defesa Civil disse que, após análises mais criteriosas, irão decidir pela interdição formal ou não.

O órgão informou, ainda, que monitora até que a empresa responsável pela obra apresente o laudo de segurança das edificações. A Defesa Civil explicou que não existe um prazo estabelecido e que tudo deve ser feito dentro da maior segurança possível.

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Parte de rua desaba em Goiânia (Foto: Reprodução, TV Anhanguera)

Ao g1, a Opus Incorporadora também garantiu que está investigando o incidente. Além disso, explicou que equipes técnicas da empresa tentam determinar as causas e reparar todos os danos.

“A prioridade da empresa foi visitar todas as construções vizinhas, onde não foram identificados riscos para os moradores. No entanto, por precaução, providenciamos a retirada de algumas famílias, as quais foram acomodadas em hotéis”, disse em nota.

Tremor, pavor e corre-corre também é vivido em Florianópolis

Ao mesmo tempo em que moradores de Goiânia enfrentam a incerteza de retornarem para casa após o susto vivido na madrugada desta segunda (15), famílias de Florianópolis também tiveram de deixar as moradias para trás por causa de um rompimento de uma viga em um prédio na Beira-mar Norte.

Técnicos da Defesa Civil e da empresa responsável pela obra seguem no local para avaliação dos riscos e estabilização da estrutura. No entanto, não há prazo de quando a liberação deve ocorrer.

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O edifício, ainda de acordo com o órgão, possui risco de colapsar, o que obrigou moradores a evacuarem o espaço e irem para a casa de parentes e hotéis da região. Ao NSC Total, eles contaram que tiveram de deixar os apartamentos às pressas e que um estrondo chegou a fazer com que o local tremesse.

— O pessoal que estava arrumando o prédio estava fazendo barulho o dia inteiro. Do nada, eu escutei um barulho como se tivesse caído no muro e deu uma tremida aqui na guarita onde a gente trabalha. Aí, em questão de segundos, o pessoal que mora aqui no prédio ao lado começou a descer, falando que sentiu o prédio tremer — relatou Vinicius Pereira da Silva.

Imagens impressionantes mostram interior do prédio com risco de desabar em Florianópolis

Agora, uma empresa contratada pelo condomínio trabalha na estabilização da estrutura, que deve durar até sexta-feira (19).

Isso permitirá que os moradores retornem aos apartamentos para retirar pertences. No entanto, para que eles voltem a morar no local, ainda será necessária uma nova etapa, que não tem prazo para ser finalizada.

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Veja fotos do prédio com risco de desabar em Florianópolis

*Sob supervisão de Raquel Vieira

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