O levantamento feito pelo Projeto Focus, do curso de Publicidade e Propaganda da Furb, mostra que a piora do cenário econômico fez o blumenauense rever hábitos de consumo. Para a professora orientadora do projeto, Cynthia de Quadros, o cidadão reconhece e vivencia a crise econômica e por isso já promove cortes no orçamento e muda hábitos de consumo.

Continua depois da publicidade

– O entrevistado demonstra estar trocando de marcas e locais de compra. Também mostra o medo com o futuro e a preocupação com o poupar.

Por outro lado, 66% das pessoas reconhecem que a crise também tem um lado positivo: os entrevistados afirmaram que o período enfrentado pelo Brasil faz com que as pessoas busquem novas possibilidades e aprendam a economizar e reorganizar as finanças.

– O brasileiro tem uma esperança em dias melhores que nunca pode morrer – completa Nilva.

O professor de Economia Brasileira Contemporânea da Furb, Sidney Silva, acredita que a crise econômica é sentida por todos os grupos sociais, mas famílias com rendas menores são impactadas mais facilmente porque geralmente precisam administrar aluguel de imóvel e parcelamento feitos ao longo do ano, como carros e eletrodomésticos. Quem ganha mais preocupa-se menos com essas questões, afirma o especialista.

Continua depois da publicidade

– A crise vem para todos. O problema está no tamanho da renda. Para a pessoa que tem um rendimento baixo e vive com dificuldade, qualquer alteração terá um impacto significativo – explica Silva.

O professor aconselha que as famílias aproveitem o momento atípico para repensarem seus orçamentos e investirem conscientemente o dinheiro. A recomendação, sugere, é que as pessoas não entrem em dívidas de longo prazo e adiem o sonho da casa própria.