As famílias catarinenses seguraram a vontade de consumir neste mês. Segundo pesquisa da Fecomércio-SC, o índice de intenção de consumo, de 122,1 pontos, foi 18% mais baixo que o de junho.
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Na avaliação da entidade, os consumidores começaram a perceber os sinais de limite do crescimento interno, sustentado na ascenção do crédito e no consumo das famílias.
Este limite, como apontou a Fecomércio, é um impacto negativo na economia brasileira e se traduz em redução do investimento e no menor ritmo de geração de emprego.
Segundo a pesquisa, também, as famílias do Estado estão mais preocupadas com a inadimplência. Os consumidores estão pagando suas dívidas antigas ao invés de assumir novas parcelas.
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O comportamento se reflete diretamente na baixa registrada na intenção de consumo e afeta o desempenho das vendas de bens duráveis, especialmente a de carros novos.
Apesar de a maior parte dos itens que compõem a pesquisa terem apresentado variação negativa em julho, a tendência de crescimento do consumo no segundo semestre deve ser mantida, já que o índice continua em patamar considerado positivo, acima de 100 pontos.
Acesso ao crédito
A queda no indicador “acesso ao crédito” ajuda a explicar o menor consumo atual dos catarinenses. Em julho houve retração de 11,2% na comparação com o mês passado e de 8,2% em relação a julho de 2011.
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Contudo, o patamar de 147,6 pontos é bastante elevado, segundo a Fecomércio. E as medidas governamentais de diminuição da taxa de juros e facilidades da concessão de crédito devem incentivar os consumidores a trocarem as dívidas caras por dívidas mais baratas, o que tende a melhorar o indicador no médio prazo.
Bens duráveis
Acompanhando os índices mensais, a categoria dos duráveis, geralmente em destaque nas pesquisas recentes, também apresentou queda mensal (-37,3%) e anual (-34,5%). Apesar dos 113 pontos registrados, o cenário indica redução na venda de automóveis novos, por exemplo, que já não encontram demanda tão favorável quanto anteriormente.