Em média, 17,1% da renda de uma família catarinense vai para o transporte. O valor supera a alimentação, responsável por comprometer 14,2% do orçamento. A estimativa foi divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é apenas um dos dados apontados pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

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Segundo cálculo do instituto, o gasto médio por família em SC é de R$ 4.931,18 por mês, o que colocou o Estado na 5ª posição do Brasil nesse quesito. Os dados são referentes ao período de 2017 a 2018.

A análise considerou que para o transporte, 7,6% da despesa total foi destinada à compra de veículo próprio, enquanto outros 4,7% foram gastos com combustíveis.

Calcula-se que o gasto médio no Estado com a locomoção seja de R$ 841,40. Entretanto, o índice de 17,1% com essa despesa ainda é mais baixo do que a média nacional, que ficou na casa de 18,1%.

A habitação é a despesa que mais pesa no bolso dos catarinenses, sendo responsável por 29,9% dos custos mensais por família. Dentro desse item, o maior peso foi o aluguel, com valor estimado de R$ 762,31 do orçamento total de R$ 4.931,18. Esse dado posiciona SC como o 4º Estado brasileiro em valor destinado pelas famílias para pagamento do aluguel, depois somente de Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro.

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São levados em conta também serviços e taxas comuns de uma casa, como energia elétrica, água e gás, telefone e TV, o que soma em média R$ 369,92.

A análise concluiu que as famílias tinham um gasto médio mensal com alimentação e habitação de R$ 2.172,71, o que representava 44,1% de suas despesas totais. Nesse segmento, SC ficou na 16ª posição entre os Estados. Deste total, a alimentação correspondia a 14,2% (R$698,67), enquanto a habitação a 29,9% (R$ 1.474,04).

Da despesa total com alimentação, a maior parte (72,4%) é para comer em casa, com custo de R$ 506,08. Comer fora consome, em média, R$ 192,59 (27,6%). Nesse caso, os catarinenses têm um padrão de comportamento diferente do restante do país. A despesa com alimentação em casa no Brasil é de R$ 442,27 (67,2%), enquanto na rua soma R$ 215,96 (32,8%).

As famílias com rendimento acima de R$ 23.850 mensais tiveram despesa com alimentação fora de casa 9 vezes maior em relação às famílias com orçamento de até R$1.908 por mês (R$ 588,45 contra R$ 63,22).

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A maior fatia dos gastos com alimentos em SC é no segmento de carnes, vísceras e pescados, com gasto médio mensal de R$ 93,06 – cerca de R$ 4 a mais do que a média nacional. Para quem tem renda de até R$ 1.908, a despesa com esses grupo de alimentos é de R$ 43,81. Já entre as famílias de maior rendimento é de R$ 233,47.

Em seguida, aparecem as bebidas e infusões, com R$ 65,58 (9,4%). As maiores participações nesse grupo foram de cervejas e chopes (2,5%), refrigerantes (2,1%) e café moído (1,6%).

Famílias pequenas

Destaca-se no levantamento que, além de estar entre os estados que mais gastam, SC tem as famílias com segundo menor índice de integrantes: 2,78 pessoas por família. No RS, a média é de 2,72.

Estimou-se que o Estado tem 2,5 milhões de famílias, a 10ª posição no país. No território nacional, o total estimado na pesquisa foi em torno de 69 milhões de famílias.

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Foi considerada "família" pela pesquisa o grupo de pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, e que moram na mesma casa.

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