Sem condições financeiras, muitas das famílias dos mais de 230 mortos no incêndio recorreram à prefeitura de Santa Maria para conseguir velar as vítimas. O número de pessoas que receberam auxílio não foi contabilizado.
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De acordo com o secretário municipal de Governo de Santa Maria, serviços fúnebres, transporte de corpos, hospedagem e alimentação de familiares foram custeadas pelo Executivo.
– Não existe ninguém que ficou desassistido. E se alguém precisar de mais alguma ajuda, uma equipe continua no ginásio à disposição – garante Mânica.
O velório coletivo, que acontece no Centro Desportivo Municipal (CDM), deve continuar durante a noite. Conforme a Brigada Militar, os enterros devem começar a partir das 9h desta segunda-feira. Muitas famílias ainda optaram por velar os corpos em outras cidades ou em capelas de Santa Maria.
Na página do Facebook, a assessoria de imprensa da prefeitura divulgou telefones para pedir ajuda. Em caso de necessidade envolvendo logística a abrigo, o número é (55) 9979-2539. Já para pedir ajuda de enfermeiros, médicos e psicólogos o contato é (55)9155-2087.
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A tragédia
O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.
Sem conseguir sair do estabelecimento, mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. Sobreviventes dizem que seguranças pediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.
A tragédia, que teve repercussão internacional, é considera a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos últimos 50 anos no Brasil.