As pessoas que ficaram ilhadas em suas casas ou que tiveram seus veículos encobertos pela água após o rompimento de uma lagoa artificial utilizada pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), que provocou inundações e o bloqueio da principal rua na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, serão ressarcidas pela empresa.
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A informação foi confirmada pela presidente da Casan, Roberta Maas dos Anjos, em entrevista à CBN Diário:
— A gente está com a equipe de assistente social e psicólogo da empresas, todos os danos são levantados e a Casan faz o ressarcimento — disse.
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Por volta do meio-dia, o prefeito da Capital, Gean Loureiro publicou no Twitter que o muncípio cobraria da Casan o prejuízo dos particulares.
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Estamos com bastante estrutura na Lagoa para apoiar CASAN na recuperação do local. Felizmente sem vítimas fatais. O prejuízo dos particulares, o município cobrará da CASAN.
— Gean Loureiro (@GeanLoureiro) January 25, 2021
Em nota, a companhia também informou que os profissionais permaneceram durante todo o dia “em campo” para o levantamento dos danos materiais, além de orientações aos moradores, e disponibilizou um telefone (98425-2743) para que as famílias que deixaram o local entrem em contato.
A empresa, no entanto, ainda não esclareceu como será feita a restituição dos danos materiais causados pela ruptura da estrutura da Casan.
O alagamento deixou ao menos 70 pessoas desalojadas e uma com ferimentos leves. A inundação atingiu principalmente a Servidão Manoel Luiz Duarte, que fica abaixo da lagoa, e extravasou também a Avenida das Rendeiras, uma das principais vias da região. A rua ficou bloqueada durante todo o dia, enquanto equipes trabalhavam para desobstruir a passagem. O tráfego foi liberado pouco antes das 19h no local.
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Investigação
A ruptura das margens da lagoa artifical será investigada pela Polícia Civil de Santa Catarina. O inquérito foi instaurado pela Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Segundo o G1SC, o Ministério Público Federal (MPF) também instaurou inquérito civil para “investigar se houve desleixo com a manutenção do sistema e com o plano de risco, bem como identificar responsabilidades e formas de reparação à sociedade e ao meio ambiente”. O órgão busca apurar as responsabilidades pelo rompimento da lagoa da Estação de Tratamento de Esgoto.
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