Antônio da Rocha, o Rochinha, viveu 101 anos. Nasceu em 1915, em Luís Alves, onde trabalhou com agricultura. Casou aos 24 anos com Yolanda Bonelli da Rocha – que o acompanhou até morrer, em 2005. Veio para o bairro Tribess, em Blumenau, em 1964. Aqui foi guarda noturno de uma empresa de fumo por 12 anos – ganhou um prêmio por nunca ter faltado. Mais velho, trabalhou roçando jardins até 85 anos, quando interrompeu o ofício para cuidar da esposa doente. Passou a morar com o filho Carlinhos. Teve oito filhos – cinco ainda vivos –, 11 netos, 15 bisnetos e um tataraneto.
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Esta é, em rasas linhas gerais, a história de vida de seu Rochinha, que morreu por volta das 10h30min desta segunda-feira, em função de um problema no rim recém-descoberto. Mas há muito mais a saber sobre alguém que vive 101 anos. Nesse tempo, ele ergueu memórias que ontem e hoje suavizam o momento de despedida da família. A lucidez, as horas ouvindo noticiários do rádio ou da TV, as histórias recontadas do passado, do irmão que foi à guerra, o zelo com que plantava verduras mesmo com um paladar pouco afeito a frutas e saladas, o desejo de chegar aos 110 anos. Para Mirella da Rocha Richartz, a neta mais nova, hoje com 29 anos, mas que quando pequena o acompanhava em roçadas, a receita da longevidade de seu Rochinha é também um dos seus exemplos.
— O segredo dele era levar a vida de um jeito mais tranquilo. Ele nunca reclamava, estava sempre calmo e de bem com a vida. Era super do bem e isso o fez ser muito querido por todos.
O corpo de seu Rochinha está sendo velado na Capela da Igreja São Luiz Gonzaga, no bairro Tribess, e o sepultamento ocorre nesta terça-feira, às 16h, em Luís Alves.
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