As histórias vivenciadas ao lado do jornalista Rafael Henzel, que morreu vítima de um infarto na noite desta terça-feira (27) enquanto jogava futebol, são lembradas por familiares e amigos durante o velório nesta quarta em Chapecó. A cerimônia teve início ainda na madrugada no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes. O sepultamento do corpo está marcado para o fim da tarde.

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— O Rafael era o meu chão, minha vida — disse a viúva Jussara Ersigo. Ela ajudava Rafael nas atividades referentes à administração das palestras e ao trabalho na Rádio Oeste Capital.

Rafael Henzel partiu em meio ao ambiente que escolheu se dedicar em seus 45 anos de vida: o futebol. O jornalista Eduardo Grassi, que estava junto com Henzel no momento da fatalidade, conta que tudo aconteceu muito rápido.

— A gente estava jogando e ele tinha feito um gol de voleio e dado uma lambreta. De repente ele deu um grito e caiu no chão. A gente tentou reanimá-lo, mas ele fechou os olhos e não falou mais. Chamamos o Saer e o Samu, mas já não tinha mais como salvá-lo — lembra.

O repórter Mateus Montemezzo, setorista da Chapecoense na Rádio Oeste Capital, recorda com carinho o colega de profissão.

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— Ele tinha terminado o programa na rádio e me convidou para jogar bola, mas como tinha muita gente não fui. Ele estava muito empolgado da viagem para Alemanha e Espanha, falou muito bem da organização do futebol espanhol. Ele me ensinou muito da profissão e da vida. Lembro das viagens para Uruguai e Chile. Das viagens de carro para São Paulo. Ele sempre foi um cara positivo e de um coração gigante. Não parece verdade. Parece que ele vai entrar no ar — lamenta Montemezzo.

"Não sabíamos de nenhum problema de saúde dele", diz primo de Rafael Henzel

— Para nós foi uma surpresa. Não sabíamos de nenhum problema de saúde dele. Ele sempre gostou de jogar futebol. Teve um pouco de depressão logo depois do acidente, mas ele superou. O trabalho ajudou — afirmou Roger Valmorbida, primo de Rafael.

Ele ressaltou também o amor que o jornalista tinha pela profissão, sentimento que o ajudou a superar o trauma após o acidente aéreo em 2016.

— Ele gostava muito do que fazia. Mesmo em viagens, entrava na rádio pela internet. Estava fazendo palestras motivacionais como tema para viver intensamente. E ele vivia intensamente. Ele dava atenção a todos — lembrou Valmorbida.

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Um cortejo fúnebre está programado para sair às 16h do local em que acontece o velório e seguirá até o Cemitério Jardim do Éden, onde está previsto o sepultamento.

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